Pardos

 Nota: Para outros significados, veja Pardos (desambiguação).
Brasileiros pardos
População de pardos por município segundo o censo demográfico do Brasil de 2022
População total

Pardos
92 083 286 brasileiros pardos (2022)
45,34% da população do Brasil[1]

Regiões com população significativa
Todas as regiões do Brasil. Predominantes nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
Línguas
língua portuguesa
Religiões
católicos romanos 74% · protestantes 18,2% · sem religião 5,6% · outras denominações 2%
Etnia
No sentido concreto, estrito, a palavra pardo é um termo usado para referir-se aos brasileiros possuidores de variadas ascendências étnicas, que são descendentes principalmente de portugueses e outros povos de origem européia, que se misturaram com elementos indígenas e africanos.
Grupos étnicos relacionados
Outros grupos multiraciais ao redor do mundo: métis (canadenses descendentes de brancos e indígenas da era colonial), coloureds (sul-africanos mestiços), hispano-americanos mestiços, melungos (estadunidenses descendentes de brancos e negros da era colonial), Garífunas (descendentes de indígenas do Caribe e América Central e escravos africanos)

Pardo é um termo usado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para configurar um dos cinco grupos de "cor ou raça" que compõem a população brasileira, junto com brancos, pretos, amarelos e indígenas.[1] No sentido concreto, estrito, a palavra pardo é usada para referir-se aos brasileiros com variadas ascendências étnicas.[2] O manual do IBGE define o significado atribuído ao termo como pessoas com uma mistura de cores de pele, seja essa miscigenação mulata (descendentes de brancos e negros), cabocla (descendentes de brancos e ameríndios), cafuza (descendentes de negros e indígenas) ou mestiça.[2][3] Historicamente, "pardo" foi usado como sinônimo de um sistema de castas usado na América de colonização espanhola entre os séculos XVI e XVIII. O termo era mais utilizado em pequenas áreas da América Hispânica que tinham sua economia baseada na escravidão durante a era colonial.

De acordo com o Censo Demográfico de 2022, os pardos compõem 92 milhões de pessoas, ou 45,34% da população do Brasil,[4] o que faz desse grupo racial o maior componente do povo brasileiro. O percentual de pardos na população brasileira cresceu significativamente nas últimas décadas. Além disso, o percentual de pardos é o que mais cresce na população brasileira. Em 2000, por exemplo, apenas 38,4% dos brasileiros que se autodeclaravam pardos,[5] enquanto em 2006 o índice passou para 42,6% e, em 2009, para 44,2% da população total do país.[6] Desde 2015, a proporção tem se mantido estável, em torno de 46%.[7] Estudos genéticos atuais revelam que os pardos podem possuir ancestralidade europeia, indígena e africana subsariana, variando as proporções de acordo com o indivíduo e a região.[8][9]

  1. a b {{citar web |url=https://sidra.ibge.gov.br/tabela/9605#resultado%7Ctítulo=Tabela 9605 - População residente, por cor ou raça, nos Censos Demográficos |editor=IBGE |data=2023 |acessodata=25 de dezembro de 2023
  2. a b Da redação (7 de maio de 2013). «Qual a diferença entre preto, pardo e negro?». Educação, portal Terra. Consultado em 6 de dezembro de 2016 
  3. José Luis Petrucelli (org.); Ana Lucia Saboia (org.) (2013). «Características Énico-raciais da População» (PDF). Classificação e identidades. Rio de Janeiro: IBGE. Consultado em 10 de maio de 2022 
  4. «Tabela 9605: População residente, por cor ou raça, nos Censos Demográficos». sidra.ibge.gov.br. Consultado em 25 de dezembro de 2023 
  5. IBGE, ed. (2000). «Cor e raça» (PDF). Consultado em 16 de setembro de 2016. Cópia arquivada (PDF) em 5 de agosto de 2003 
  6. IBGE, ed. (2006). «PNAD» (PDF). Consultado em 16 de setembro de 2016. Cópia arquivada (PDF) em 5 de dezembro de 2007 
  7. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatśitica (2020). «Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua anual. Tabela 6408 - População residente, por sexo e cor ou raça». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatśitica. Consultado em 27 de junho de 2021 
  8. Sergio Danilo Pena (11 de setembro de 2009). «Do pensamento racial ao pensamento racional». Instituto Ciência Hoje. Consultado em 6 de maio de 2022 
  9. Sérgio D. J. Pena, Giuliano Di Pietro, Mateus Fuchshuber-Moraes, Julia Pasqualini Genro, Mara H. Hutz, Fernanda de Souza Gomes Kehdy, Fabiana Kohlrausch, Luiz Alexandre Viana Magno, Raquel Carvalho Montenegro, Manoel Odorico Moraes, Maria Elisabete Amaral de Moraes, Milene Raiol de Moraes, Élida B. Ojopi, Jamila A. Perini, Clarice Racciopi, Ândrea Kely Campos Ribeiro-dos-Santos, Fabrício Rios-Santos, Marco A. Romano-Silva, Vinicius A. Sortica, Guilherme Suarez-Kurtz (& editor Henry Harpending) (16 de fevereiro de 2011). «The Genomic Ancestry of Individuals from Different Geographical Regions of Brazil Is More Uniform Than Expected» (em inglês). PMC / Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos (NIH/NLM). Consultado em 16 de setembro de 2016. Cópia arquivada em 16 de setembro de 2016 

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