Abordagem top-down e bottom-up

De cima para baixo e de baixo para cima (em inglês, top-down e bottom-up, respectivamente) são estratégias de processamento de informação e ordenação do conhecimento, usadas em vários campos, incluindo software, humanística, teorias científicas, gestão e organização. Na prática, eles podem ser vistos como uma abordagem de pensamento e ensino.

Uma abordagem de cima para baixo (também conhecida como stepwise design e decomposition, em inglês; e em tradução livre, “projeto passo a passo” e “decomposição”, respectivamente) é essencialmente a fragmentação de um sistema para promover compreensão da composição de seus subsistemas. Numa abordagem de cima para baixo, é formulada uma visão geral do sistema, partindo de uma instância final para a inicial, como uma engenharia reversa. Cada nível vai sendo detalhado, do mais alto ao mais baixo, de forma a se chegar nas especificações dos níveis mais básicos do elemento abordado.[1]

Uma abordagem de baixo para cima é a “colcha de retalhos” do sistema para dar rumo a sistemas mais complexos. Tornando assim, a cada passo, os sistemas originais em subsistemas de um sistema final maior. Um processamento de baixo para cima é um tipo de processamento de informação baseado em dados de entrada vindos do meio ao qual o sistema pertence para formar uma percepção. A informação entra nos olhos e segue por uma direção (entrada); e é transformada em imagem pelo cérebro, que pode interpretar e reconhecer como uma percepção (saída). Numa abordagem de baixo para cima, os elementos básicos são inicialmente descritos em detalhes. Esses elementos são associados para formar um subsistema maior, que então pode ser associado a outros elementos em muitos outros níveis eventualmente até completar o nível mais alto do sistema objetivo. Essa estratégia se assemelha a um modelo de "semente", de forma a começar pequeno com elementos básicos e ir crescendo ao longo de completações e associações.

Haveria também uma terceira abordagem, menos difundida, denominada middle out, com o intuito de se visualizar um problema não somente de cima para baixo ou vice-versa, mas sim do seu núcleo para suas extremidades. Ou seja, por exemplo, numa organização empresarial, uma consultoria poderia não somente se basear no organograma para analisar uma empresa, mas observar suas principais áreas, ou o foco do problema; e a partir daí verificar qual o impacto dos níveis superiores, ou inferiores, que teria nessa área.

  1. «Top-Down Design (Introduction to Statistical Computing)». Masi.cscs.lsa.umich.edu. 19 de setembro de 2011. Consultado em 18 de setembro de 2012. Arquivado do original em 1 de outubro de 2012 

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