Abraham Lincoln | |
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Abraham Lincoln, 8 de novembro de 1863 | |
16.º Presidente dos Estados Unidos | |
Período | 4 de março de 1861 a 15 de abril de 1865 |
Vice-presidentes | Hannibal Hamlin (1861–1865) Andrew Johnson (1865) |
Antecessor(a) | James Buchanan |
Sucessor(a) | Andrew Johnson |
Membro da Câmara dos Representantes pelo 7º distrito de Illinois | |
Período | 4 de março de 1847 a 3 de março de 1849 |
Antecessor(a) | John Henry |
Sucessor(a) | Thomas L. Harris |
Dados pessoais | |
Nascimento | 12 de fevereiro de 1809 Hodgenville, Kentucky, Estados Unidos |
Morte | 15 de abril de 1865 (56 anos) Washington, D.C., Estados Unidos |
Progenitores | Mãe: Nancy Hanks Pai: Thomas Lincoln |
Esposa | Mary Todd (1818–1882) |
Filhos(as) | Robert Todd Lincoln Edward Baker Lincoln William Wallace Lincoln Thomas Lincoln III |
Partido | Whig (1834–1854) Republicano (1854–1865) União Nacional (1864–1865) |
Profissão | Advogado |
Assinatura | |
Serviço militar | |
Serviço/ramo | Milícia de Illinois |
Anos de serviço | 1832 |
Graduação | soldado |
Conflitos | Guerra de Black Hawk |
Abraham Lincoln (pronúncia em inglês: [ˈeɪbrəhæm ˈlIŋkən] (ⓘ)) (Hodgenville, 12 de fevereiro de 1809 — Washington, D.C., 15 de abril de 1865) foi um político norte-americano que serviu como o 16° presidente dos Estados Unidos, posto que ocupou de 4 de março de 1861 até seu assassinato em 15 de abril de 1865. Lincoln liderou o país de forma bem-sucedida durante sua maior crise interna, a Guerra Civil Americana, preservando a integridade territorial do país, abolindo a escravidão e fortalecendo o governo nacional.
Criado em uma família carente na fronteira oeste, Lincoln foi autodidata, tornou-se advogado, líder do Partido Whig, deputado estadual de Illinois durante a década de 1830 e membro da Câmara dos Representantes por um mandato durante a década de 1840. Após uma série de debates em 1858, que repercutiu em todo o país mostrando a sua oposição à escravidão, Lincoln perdeu uma disputa para o Senado para seu arquirrival, Stephen A. Douglas. Lincoln, um moderado de um swing state (estado decisivo), garantiu a nomeação para a candidatura presidencial de 1860 pelo Partido Republicano. Com quase nenhum apoio do Sul, ele percorreu o Norte e foi eleito presidente. Sua eleição fez com que sete estados escravistas do sul declarassem sua secessão da União e formassem os Estados Confederados da América. A ruptura com os sulistas fez com que o partido de Lincoln obtivesse amplo controle do Congresso, mas nenhuma ação ou reconciliação foi feita. Em seu segundo discurso de posse, ele explicou que "ambas as partes desprezavam a guerra, mas uma delas faria guerra ao invés de permitir a sobrevivência da nação e a outra aceitaria a guerra ao invés de deixar esta perecer, e veio a guerra".
Quando o Norte optou com entusiasmo pela união nacional, após o ataque confederado no Forte Sumter, em 12 de abril de 1861, Lincoln concentrou os esforços militares e políticos na guerra. Seu objetivo neste momento era unir a nação. Como o Sul estava em rebelião, Lincoln exerceu sua autoridade para suspender o habeas corpus para prender e deter sem julgamento e temporariamente milhares de separatistas suspeitos. Lincoln lidou habilmente com um conflito diplomático no final de 1861, evitando que o Reino Unido reconhecesse os Estados Confederados como nação independente. Seus esforços para a abolição da escravidão incluíram a assinatura da Proclamação de Emancipação em 1863, encorajando os estados escravocratas de fronteira (border states) a tornarem a escravidão ilegal e dando impulso ao Congresso para a aprovação da Décima Terceira Emenda à Constituição dos Estados Unidos, que finalmente pôs fim à escravidão, em dezembro de 1865. Lincoln supervisionou ostensivamente os esforços de guerra, especialmente na escolha de generais importantes, incluindo o comandante-geral Ulysses S. Grant.[nota 1] Lincoln reuniu os líderes das maiores facções de seu partido em seu governo e pressionou-os a cooperarem. Sob a liderança de Lincoln, a União criou um bloqueio naval que fechou o comércio com o Sul, assumiu o controle dos border states no início da guerra, ganhou o controle das comunicações com canhoneiras nos sistemas fluviais do Sul e tentou repetidamente capturar a capital confederada, Richmond, na Virgínia. A cada general que não obteve sucesso, Lincoln os substituiu até que finalmente Grant obteve êxito, em 1865.
Um político excepcionalmente astuto e profundamente envolvido com as questões de poder em cada estado, Lincoln apoiou os War Democrats[nota 2] e conseguiu sua reeleição em 1864. Como líder de uma facção moderada do Partido Republicano, Lincoln notou que suas políticas e personalidade haviam "explodido para todos os lados": os "Republicanos Radicais"[nota 3] exigiam um severo tratamento do Sul, os War Democrats desejavam um maior comprometimento (os "Copperheads", democratas pacifistas, desprezavam os membros do seu partido que defendiam o conflito) e os secessionistas irreconciliáveis tramaram o seu assassinato.[3] Politicamente, Lincoln reagiu, colocando seus oponentes uns contra os outros e apelando para o povo americano com seu poder de oratória.[4] O seu Discurso de Gettysburg, de 1863, tornou-se um dos discursos mais citados na história dos EUA e um ícone da demonstração dos princípios de nacionalismo, republicanismo, igualdade, liberdade e democracia.[5] Ao fim da guerra, em face da persistente e amarga divisão do país, Lincoln mostrou-se moderado quanto à sua Reconstrução, buscando reunir a nação rapidamente através de uma política de reconciliação generosa. Seis dias depois de o general Robert E. Lee, comandante das forças Confederadas, se render, Lincoln foi assassinado pelo ator e simpatizante confederado John Wilkes Booth. Como foi o primeiro presidente dos Estados Unidos ter sido assassinado, sua morte levou seu país a entrar em luto. Lincoln tem sido consistentemente considerado por estudiosos e pelo povo como um dos três maiores presidentes dos Estados Unidos.
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