Abscesso

Abcesso
Abscesso
Abcesso com cinco dias. O ponto negro é um folículo piloso obstruído.
Especialidade cirurgia geral, Infectologia
Sintomas Vermelhidão, dor, inchaço[1]
Início habitual Rápido
Causas Bactéria (às vezes SARM)[1]
Fatores de risco Uso de drogas intravenosas[2]
Método de diagnóstico Ecografia, tomografia computorizada[1][3]
Condições semelhantes Celulite, cisto sebáceo, fasciíte necrosante[3]
Tratamento Remoção cirúrgica[4]
Classificação e recursos externos
CID-10 L02
CID-9 682.9, 324.1
MedlinePlus 001353
MeSH D000038
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Abcesso (português europeu) ou abscesso (português brasileiro) é um acúmulo de pus que se forma no interior dos tecidos do corpo.[1] Os sinais e sintomas incluem vermelhidão, dor, sensação de calor e inchaço.[1] Quando pressionado, o inchaço pode parecer líquido.[1] A área vermelha muitas vezes prolonga-se para fora do inchaço.[5] Os carbúnculos e os furúnculos são dois tipos de abcesso que muitas vezes envolvem folículos pilosos.[6]

Os abcessos são geralmente causados por uma infeção bacteriana.[7] Em muitos casos, numa única infeção estão envolvidos vários tipos de bactérias.[5] Em muitas regiões do mundo, a bactéria mais comum é a Staphylococcus aureus resistente à meticilina.[1] Os abcessos podem também ser causados por parasitas, embora os casos sejam raros e mais comuns nos países em vias de desenvolvimento.[3] O diagnóstico de um abcesso na pele geralmente tem por base a aparência e é confirmado com uma incisão.[1] As ecografias podem ser úteis nos casos em que o diagnóstico não é claro.[1] Nos abcessos em volta do ânus, a tomografia computorizada permite detectar infeções de maior profundidade.[3]

O tratamento mais comum para a maior parte dos abcessos de pele ou dos tecidos moles consiste numa incisão e drenagem.[4] Em pessoas de outra forma saudáveis, não parece haver qualquer benefício no uso de antibióticos para este tipo de abcessos.[1][8] Um pequeno número de evidências sustenta que não é benéfico preencher a cavidade resultante da drenagem com gaze.[1] Fechar a cavidade imediatamente após a drenagem, em vez de a deixar aberta, pode acelerar a cicatrização sem aumentar o risco de recorrência do abcesso.[9] Em muitos casos, apenas remover o pus com uma agulha não é suficiente.[1]

Os abcessos da pele são comuns e têm-se tornado ainda mais comuns em anos recentes.[1] Entre os fatores de risco estão o consumo de drogas por via intravenosa, em cuja população a prevalência é de 65%.[2] Nos Estados Unidos, em 2005 os abcessos foram a causa de 3,2 milhões de admissões hospitalares.[10]

  1. a b c d e f g h i j k l m Singer, Adam J.; Talan, David A. (13 de março de 2014). «Management of skin abscesses in the era of methicillin-resistant Staphylococcus aureus» (PDF). The New England Journal of Medicine. 370 (11): 1039–47. PMID 24620867. doi:10.1056/NEJMra1212788. Consultado em 16 de agosto de 2016. Arquivado do original (PDF) em 30 de outubro de 2014 
  2. a b Langrod, Pedro Ruiz, Eric C. Strain, John G. (2007). The substance abuse handbook. Philadelphia: Wolters Kluwer Health/Lippincott Williams & Wilkins. p. 373. ISBN 9780781760454 
  3. a b c d Marx, John A. Marx (2014). «Skin and Soft Tissue Infections». Rosen's emergency medicine : concepts and clinical practice 8th ed. Philadelphia, PA: Elsevier/Saunders. pp. Chapter 137. ISBN 1455706051 
  4. a b American College of Emergency Physicians, «Five Things Physicians and Patients Should Question», American College of Emergency Physicians, Choosing Wisely: an initiative of the ABIM Foundation, consultado em 24 de janeiro de 2014 
  5. a b Elston, Dirk M. (2009). Infectious Diseases of the Skin. London: Manson Pub. p. 12. ISBN 9781840765144 
  6. Marx, John A. Marx (2014). «Dermatologic Presentations». Rosen's emergency medicine : concepts and clinical practice 8th ed. Philadelphia, PA: Elsevier/Saunders. pp. Chapter 120. ISBN 1455706051 
  7. Cox, Carol Turkington, Jeffrey S. Dover ; medical illustrations, Birck (2007). The encyclopedia of skin and skin disorders 3rd ed. New York, NY: Facts on File. p. 1. ISBN 9780816075096 
  8. Fahimi, J; Singh, A; Frazee, BW (julho de 2015). «The role of adjunctive antibiotics in the treatment of skin and soft tissue abscesses: a systematic review and meta-analysis.». CJEM. 17 (4): 420–32. PMID 26013989. doi:10.1017/cem.2014.52 
  9. Singer, Adam J.; Thode, Henry C., Jr; Chale, Stuart; Taira, Breena R.; Lee, Christopher (maio de 2011). «Primary closure of cutaneous abscesses: a systematic review» (PDF). The American Journal of Emergency Medicine. 29 (4): 361–6. PMID 20825801. doi:10.1016/j.ajem.2009.10.004 
  10. Taira, BR; Singer, AJ; Thode HC, Jr; Lee, CC (março de 2009). «National epidemiology of cutaneous abscesses: 1996 to 2005.». The American Journal of Emergency Medicine. 27 (3): 289–92. PMID 19328372. doi:10.1016/j.ajem.2008.02.027 

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