Acesso aberto

Logótipo do Acesso Aberto, criado originalmente pela Public Library of Science. Não existe um logótipo do Acesso Aberto oficial, as instituições são livres de adaptar o logótipo à sua imagem. Outros logótipos são também usados[1] (veja Signalling OA-ness).
9-minutos de vídeo sobre Acesso Aberto

Acesso aberto (AA) ou livre acesso significa a disponibilização online e sem limitações dos resultados de investigação científica. O Acesso Aberto pode ser aplicado a todas os tipos de publicações científicas com e sem revisão por pares, incluindo artigos científicos, documentos de conferência, teses,[2] capítulo de livros,[3] e monografias.[4]

O Acesso Aberto pode ser designado como: grátis, quando se refere ao acesso online gratuito, e livre, quando se refere ao acesso online gratuito com alguns direitos adicionais de utilização.[5] Estes direitos de utilização adicionais são muitas vezes concedidos mediante a utilização de licenças Creative Commons.[6]

As duas formas que os autores dispõem de concretizar o Acesso Aberto são (1) através do auto-arquivo dos seus artigos científicos num repositório, também conhecida como via Verde, ou (2) através da publicação em periódicos, conhecida como via Dourada.[7] Usando a via Verde[8][9] os autores publicam em qualquer revista científica e em seguida depositam uma versão do artigo em Acesso Aberto no repositório da sua instituição,[10][11] num repositório temático (como o PubMed Central), ou num outro website em Acesso Aberto. Através da via Dourada, os autores publicam em revistas científicas em Acesso Aberto,[12] que disponibilizam Acesso Aberto imediato a todos os seus artigos, geralmente através do website dos editores.[13] Revistas de Acesso Aberto híbridas são revistas com subscrição que permitem a via Dourada do Acesso Aberto apenas para os artigos cujos autores (ou a instituição ou o financiador) pagaram a taxa para disponibilização em Acesso Aberto, designado em inglês por Article Processing Charge (APC).[14]

No final da década de 1990 a World Wide Web levou à generalização do acesso público, fomentando o movimento do Acesso Aberto usando a via Verde, através do auto-arquivo de artigos e criando as revistas científicas de Acesso Aberto. As revistas científicas convencionais cobrem os custos de publicação através de modelos de subscrição, em inglês Subscription business model, licenças ou ‘pagar-para-ver’. Algumas revistas com acesso restrito disponibilizam Acesso Aberto aos seus artigos depois de um período de embargo, em inglês Embargo Period de 6–12 meses ou maior (veja Delayed Open Access Journal).[14] Continua a decorrer um debate ativo entre investigadores, académicos, bibliotecários, administrativos de universidades, agências de financiamento, governos, editores comerciais, equipas editoriais e sociedade científica sobre os custos e confiabilidade das várias formas de disponibilizar o Acesso Aberto.

  1. «Downloads». Open access. Consultado em 20 de maio de 2014. Arquivado do original em 23 de maio de 2014 
  2. Schöpfel, Joachim; Prost, Hélène (2013). «Degrees of secrecy in an open environment. The case of electronic theses and dissertations». ESSACHESS – Journal for Communication Studies. 6 (2). ISSN 1775-352X 
  3. Suber, Peter. "Open Access Overview". Earlham.edu. Retrieved on 2011-12-03.
  4. Meredith Schwartz (13 de abril de 2012). «Directory of Open Access Books Goes Live». Library Journal 
  5. Suber, Peter. 2008."Gratis and Libre Open Access" Arquivado em 29 de março de 2013, no Wayback Machine.. Arl.org. Retrieved on 2011-12-03.
  6. Suber 2012, pp. 68–69
  7. Jeffery, Keith G. 2006. "Open Access: An Introduction". Ercim News, 64, January 2006. Retrieved on 2011-12-03.
  8. «Harnad, S»  2007. "The Green Road to Open Access: A Leveraged Transition". In: ''The Culture of Periodicals from the Perspective of the Electronic Age'', pp. 99–105, L'Harmattan. Retrieved 2011-12-03.
  9. Harnad, S.; Brody, T.; Vallières, F. O.; Carr, L.; Hitchcock, S.; Gingras, Y.; Oppenheim, C.; Stamerjohanns, H.; Hilf, E. R. (2004). «The Access/Impact Problem and the Green and Gold Roads to Open Access». Serials Review. 30 (4). 310 páginas. doi:10.1016/j.serrev.2004.09.013 
  10. «"Registry of Open Access Repositories (ROAR)"». Consultado em 12 de outubro de 2015. Arquivado do original em 30 de outubro de 2012  Roar.eprints.org. Retrieved on 2011-12-03.
  11. Fortier, Rose; James, Heather G.; Jermé, Martha G.; Berge, Patricia; Del Toro, Rosemary (14 de maio de 2015). «Demystifying Open Access Workshop». epublications.marquette.edu/rsch_inst/6/. e-Publications@Marquette. Consultado em 18 de maio de 2015 
  12. «Directory of Open Access Journals»  DOAJ. Retrieved on 2012-11-05.
  13. Harnad, S; Brody, T; Vallières, F; Carr, L; Hitchcock, S; Gingras, Y; Oppenheim, C; Hajjem, C; Hilf, E (2008). «The Access/Impact Problem and the Green and Gold Roads to Open Access: An Update». Serials Review. 34: 36. doi:10.1016/j.serrev.2007.12.005 
  14. a b Suber 2012, p. 140

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