Acne

 Nota: Não confundir com ACME.
Acne
Acne
Acne na testa de um adolescente
Sinónimos Acne vulgar
Especialidade Dermatologia
Sintomas Pontos negros e brancos, pústulas, pele oleosa, cicatrizes[1]
Complicações Ansiedade, diminuição da autoestima, depressão, pensamentos suicidas[2][3]
Início habitual Puberdade[4]
Fatores de risco Genética[1]
Condições semelhantes Foliculite, rosácea, hidrosadenite, miliária[5]
Tratamento Alterações no estilo de vida, medicação, procedimentos clínicos[6][7]
Medicação Ácido azelaico, peróxido de benzoílo, ácido salicílico, antibióticos, pílula contracetiva, isotretinoína[7]
Frequência 633 milhões (2015)[8]
Classificação e recursos externos
CID-10 L70.0
CID-9 706.1
CID-11 1892393023
OMIM 604324
DiseasesDB 10765
MedlinePlus 000873
eMedicine derm/2
MeSH D000152
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Acne é uma condição cutânea de longa duração caracterizada por áreas de pontos negros, pontos brancos, pústulas, pele oleosa e possibilidade de aparecimento de cicatrizes.[9][10] Dependendo do grau de incidência, infecção e dimensão dos pontos de acne sobre a pele, as consequências na aparência podem provocar desde desconfortos pontuais, passando por ansiedade, diminuição da autoestima até, em casos extremos, depressão e pensamentos de suicídio.[2][3]

Estima-se que 80% dos casos tenham origem genética.[10] O papel da dieta enquanto causa ainda não é claro.[10] A higiene ou a luz do sol não parecem ter qualquer influência.[10] No entanto, o tabagismo aumenta o risco de vir a desenvolver acne e a sua gravidade.[11] O acne afeta principalmente a pele com elevado número de glândulas sebáceas, como o rosto, a parte superior do peito e as costas.[12] Durante a puberdade, em ambos os sexos, o aparecimento do acne deve-se muitas vezes ao aumento da quantidade de andrógenos como a testosterona,[4] estando também envolvida a bactéria Propionibacterium acnes.[4]

Estão disponíveis muitas opções de tratamento destinadas a melhorar a aparência do acne, entre as quais alterações ao estilo de vida e medicação. Ingerir hidratos de carbono simples em menor quantidade, como o açúcar, pode ajudar.[6] Os tratamentos mais comuns são a aplicação tópica de peróxido de benzoílo, ácido salicílico e ácido azelaico.[7] Estão também disponíveis antibióticos e retinoides tópicos e orais.[7] No entanto, é possível que possam provocar resistência antibiótica.[13] Em mulheres, algumas pílulas contraceptivas orais combinadas podem ser benéficas no tratamento.[7] A isotretinoína oral geralmente só é administrada em casos graves devido aos efeitos secundários.[7] Alguns especialistas recomendam o tratamento agressivo e numa fase precoce de modo a diminuir o impacto a longo prazo na pessoa.[3]

O acne ocorre de forma comum durante a adolescência, estimando-se que afete entre 80 a 90% dos adolescentes no mundo ocidental.[14][15][16] Nalgumas sociedades rurais a prevalência é menor.[16][17] Em 2010, estima-se que o acne tenha afetado 650 milhões de pessoas à escala global, o que o torna a 8ª doença mais comum em todo o mundo.[18] O acne pode também surgir antes e após a puberdade.[19] Embora a doença seja muito menos comum em adultos do que na adolescência, cerca de metade das pessoas na casa dos 20 e 30 anos continuam a ter acne,[10] e cerca de 4% continuam a ter a partir dos 40 anos.[10]

  1. a b Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Bhate2013
  2. a b Barnes LE, Levender MM, Fleischer AB Jr, Feldman SR (Abril de 2012). «Quality of life measures for acne patients». Dermatologic Clinics. 30 (2): 293–300. PMID 22284143. doi:10.1016/j.det.2011.11.001 
  3. a b c Goodman, G (Julho de 2006). «Acne and acne scarring–the case for active and early intervention». Australian family physician. 35 (7): 503–4. PMID 16820822 
  4. a b c James WD (Abril de 2005). «Acne». New England Journal of Medicine. 352 (14): 1463–72. PMID 15814882. doi:10.1056/NEJMcp033487 
  5. Kahan, Scott (2008). In a Page: Medicine (em inglês). [S.l.]: Lippincott Williams & Wilkins. p. 412. ISBN 9780781770354. Cópia arquivada em 6 de setembro de 2017 
  6. a b Mahmood SN, Bowe WP (abril de 2014). «Diet and acne update: carbohydrates emerge as the main culprit». Journal of drugs in dermatology: JDD. 13 (4): 428–35. PMID 24719062 
  7. a b c d e f Titus S, Hodge J (Outubro de 2012). «Diagnosis and treatment of acne». American family physician. 86 (8): 734–40. PMID 23062156 
  8. GBD 2015 Disease and Injury Incidence and Prevalence, Collaborators. (8 de outubro de 2016). «Global, regional, and national incidence, prevalence, and years lived with disability for 310 diseases and injuries, 1990-2015: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2015.». Lancet. 388 (10053): 1545–1602. PMC 5055577Acessível livremente. PMID 27733282. doi:10.1016/S0140-6736(16)31678-6 
  9. Adityan B, Kumari R, Thappa DM (Maio de 2009). «Scoring systems in acne vulgaris». Indian Journal of Dermatology, Venereology and Leprology. 75 (3): 323–6. PMID 19439902. doi:10.4103/0378-6323.51258 
  10. a b c d e f Bhate, K; Williams, HC (Março de 2013). «Epidemiology of acne vulgaris.». The British journal of dermatology. 168 (3): 474–85. PMID 23210645. doi:10.1111/bjd.12149 
  11. Knutsen-Larson S, Dawson AL, Dunnick CA, Dellavalle RP (Janeiro de 2012). «Acne vulgaris: pathogenesis, treatment, and needs assessment». Dermatologic Clinics. 30 (1): 99–106. PMID 22117871. doi:10.1016/j.det.2011.09.001 
  12. Benner N, Sammons D (Setembro de 2013). «Overview of the treatment of acne vulgaris». Osteopathic Family Physician. 5 (5): 185–90. doi:10.1016/j.osfp.2013.03.003 
  13. Beylot, C; Auffret, N; Poli, F; Claudel, JP; Leccia, MT; Del Giudice, P; Dreno, B (Março de 2014). «Propionibacterium acnes: an update on its role in the pathogenesis of acne.». Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology : JEADV. 28 (3): 271–8. PMID 23905540. doi:10.1111/jdv.12224 
  14. Taylor, Marisa; Gonzalez, Maria; Porter, Rebecca (maio–junho de 2011). «Pathways to inflammation: acne pathophysiology». European Journal of Dermatology. 21 (3): 323–33. PMID 21609898. doi:10.1684/ejd.2011.1357 
  15. Dawson AL, Dellavalle RP (Maio de 2013). «Acne vulgaris». BMJ. 346 (5): f2634. PMID 23657180. doi:10.1136/bmj.f2634 
  16. a b Berlin, David J. Goldberg, Alexander L. Acne and Rosacea Epidemiology, Diagnosis and Treatment. London: Manson Pub. p. 8. ISBN 9781840766165 
  17. Spencer EH, Ferdowsian, Barnard ND (Abril de 2009). «Diet and acne: a review of the evidence.». International Journal of Dermatology. 48 (4): 339–47. PMID 19335417. doi:10.1111/j.1365-4632.2009.04002.x 
  18. Hay, RJ; Johns, NE; Williams, HC; Bolliger, IW; Dellavalle, RP; Margolis, DJ; Marks, R; Naldi, L; Weinstock, MA; Wulf, SK; Michaud, C; J L Murray, C; Naghavi, M (Outubro de 2013). «The Global Burden of Skin Disease in 2010: An Analysis of the Prevalence and Impact of Skin Conditions». The Journal of investigative dermatology. 134 (6): 1527–34. PMID 24166134. doi:10.1038/jid.2013.446 
  19. Admani S, Barrio VR (Novembro de 2013). «Evaluation and treatment of acne from infancy to preadolescence». Dermatologic therapy. 26 (6): 462–6. PMID 24552409. doi:10.1111/dth.12108 

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