Acne é uma condição cutânea de longa duração caracterizada por áreas de pontos negros, pontos brancos, pústulas, pele oleosa e possibilidade de aparecimento de cicatrizes.[9][10] Dependendo do grau de incidência, infecção e dimensão dos pontos de acne sobre a pele, as consequências na aparência podem provocar desde desconfortos pontuais, passando por ansiedade, diminuição da autoestima até, em casos extremos, depressão e pensamentos de suicídio.[2][3]
Estima-se que 80% dos casos tenham origem genética.[10] O papel da dieta enquanto causa ainda não é claro.[10] A higiene ou a luz do sol não parecem ter qualquer influência.[10] No entanto, o tabagismo aumenta o risco de vir a desenvolver acne e a sua gravidade.[11] O acne afeta principalmente a pele com elevado número de glândulas sebáceas, como o rosto, a parte superior do peito e as costas.[12] Durante a puberdade, em ambos os sexos, o aparecimento do acne deve-se muitas vezes ao aumento da quantidade de andrógenos como a testosterona,[4] estando também envolvida a bactéria Propionibacterium acnes.[4]
Estão disponíveis muitas opções de tratamento destinadas a melhorar a aparência do acne, entre as quais alterações ao estilo de vida e medicação. Ingerir hidratos de carbono simples em menor quantidade, como o açúcar, pode ajudar.[6] Os tratamentos mais comuns são a aplicação tópica de peróxido de benzoílo, ácido salicílico e ácido azelaico.[7] Estão também disponíveis antibióticos e retinoides tópicos e orais.[7] No entanto, é possível que possam provocar resistência antibiótica.[13] Em mulheres, algumas pílulas contraceptivas orais combinadas podem ser benéficas no tratamento.[7] A isotretinoína oral geralmente só é administrada em casos graves devido aos efeitos secundários.[7] Alguns especialistas recomendam o tratamento agressivo e numa fase precoce de modo a diminuir o impacto a longo prazo na pessoa.[3]
O acne ocorre de forma comum durante a adolescência, estimando-se que afete entre 80 a 90% dos adolescentes no mundo ocidental.[14][15][16] Nalgumas sociedades rurais a prevalência é menor.[16][17] Em 2010, estima-se que o acne tenha afetado 650 milhões de pessoas à escala global, o que o torna a 8ª doença mais comum em todo o mundo.[18] O acne pode também surgir antes e após a puberdade.[19] Embora a doença seja muito menos comum em adultos do que na adolescência, cerca de metade das pessoas na casa dos 20 e 30 anos continuam a ter acne,[10] e cerca de 4% continuam a ter a partir dos 40 anos.[10]
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