Adolf Loos

Adolf Loos
Adolf Loos
Nascimento 10 de dezembro de 1870
Brno
Morte 23 de agosto de 1933 (62 anos)
Kalksburg, Viena
Sepultamento Cemitério Central de Viena
Cidadania Áustria, Checoslováquia, Cisleitânia
Progenitores
  • Adolf Loos
Cônjuge Lina Loos, Elsie Altmann-Loos, Claire Beck Loos
Irmão(ã)(s) Helene Dülberg
Alma mater
Ocupação arquiteto, escritor, crítico de arquitetura, designer, fotógrafo, professor, teórico da arte, ensaísta, colecionador de arte, designer de móveis
Obras destacadas Looshaus, Villa Müller
Movimento estético arquitetura moderna

Adolf Loos (Brno, República Checa 10 de dezembro de 1870Viena, 23 de agosto de 1933) foi um arquitecto austríaco, tendo exercido durante largos anos a sua profissão na Áustria.

Looshaus, em Viena - obra de Adolf Loos, 1909.

Dentre seus trabalhos, destaca-se o projecto para o Chicago Tribune, realizado em 1922, quando trabalhava com Louis Sullivan, e que consiste numa enorme coluna dórica assente sobre uma base cúbica.[1]

Foi precursor do Raumplan, o desenvolvimento da planta em diferentes cotas. Através das variações de altura das divisões, bem como das proporções adotadas e das mudanças de materiais, é estabelecida uma hierarquia entre os diversos espaços; criam-se zonas dentro da casa, definindo também graus de intimidade de cada divisão".[2]

Vila Müller, em Praga

Para Loos, arquitectura é composição espacial consolidada – planificação do espaço que poderá ser traduzida em planta. Embora não tenha desenvolvido esta ideia numa teoria formal, a direcção deste pensamento é clara: "A grande revolução em arquitectura é a solução de uma planificação no espaço."

Em 1908, escreveu o ensaio/manifesto intitulado "Ornamento e Crime", no qual criticava o uso abusivo da ornamentação na arquitetura européia do final do século XIX. Loos acreditava que "quando uma cultura evolui, ela gradativamente abandona o uso do ornamento em objetos utilitários". Segundo alguns críticos,[3] "esta guerra contra o ornamento e a decoração esconde uma lacuna ideológica no modernismo: a falta de uma base cultural (…) O modernismo procurou deliberadamente destruir todos os vínculos e reminiscências da arquitetura histórica".

Sepultura no Cemitério Central de Viena

A cultura é algo que adquire um estatuto primordial nos escritos de Loos. É isso que Karl Kraus nos quer transmitir quando refere que “tudo o que Adolf Loos e eu – ele materialmente e eu verbalmente – temos feito não é mais que mostrar a diferença entre uma urna e um penico e que é essa distinção que oferece à cultura margem de manobra. Os outros, aqueles que não conseguem fazer essa distinção, estão divididos entre os que usam a urna como penico e os que usam o penico como urna.”[4] Estes dois objectos diferentes segundo convenções sociais, correspondem respectivamente à arte e ao objecto utilitário: Kraus criticava tanto os que pretendem incutir arte ao objecto quotidiano, os artistas da Secessão, como os que usam o objecto utilitário como arte.

Casa de Tristan Tzara, em Paris, construída em 1926.

Referências

  1. «O edifício do Chicago Tribune». Consultado em 29 de agosto de 2008. Arquivado do original em 14 de junho de 2011 
  2. «arkitectura.net - Crazy Domains». www.arkitectura.net. Consultado em 10 de dezembro de 2020 
  3. Il Fondamentalismo geometrico, por Michael W. Mehaffy e Nikos A. Salingaros (em italiano)
  4. COLQUHOUN, Alan. Modern Architecture. [S.l.]: Oxford University Press 

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