Santo Agostinho de Hipona | |
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Retrato de Santo Agostinho de Philippe de Champaigne, século XVII | |
Bispo de Hipona; Doutor da Igreja (Doctor Gratiae) | |
Nascimento | 13 de novembro de 354 Tagaste, Numídia (moderna Souk Ahras, Argélia) |
Morte | 28 de agosto de 430 (75 anos) Hipona, Numídia (moderna Annaba, Argélia) |
Veneração por | Toda Cristandade |
Principal templo | San Pietro in Ciel d'Oro, Pavia, Itália |
Festa litúrgica | 28 de agosto no ocidente 15 de junho no oriente 4 de novembro na Igreja Assíria do Oriente |
Atribuições | criança; pomba; pena (de escrever); concha; coração trespassado; segurando um livro com uma pequena igreja; cajado episcopal; mitra |
Padroeiro | teólogos; agostinianos; impressores; Diocese de Coimbra, Leiria-Fátima, diversas cidades e dioceses[1] |
Portal dos Santos |
Agostinho de Hipona | |
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Magnum opus | Confissões |
Principais interesses | Teologia, Epistemologia e Filosofia |
Ideias notáveis | Predestinação, Pecado original, Análise da Trindade |
Aurélio Agostinho de Hipona (em latim: Aurelius Augustinus Hipponensis;[2] Tagaste, 13 de novembro de 354 – Hipona, 28 de agosto de 430), conhecido universalmente como Santo Agostinho, foi um dos mais importantes teólogos e filósofos nos primeiros séculos do cristianismo,[3] cujas obras foram muito influentes no desenvolvimento do cristianismo e filosofia ocidental. Foi bispo de Hipona, uma cidade na província romana da África. Escrevendo na era patrística, é amplamente considerado como o mais importante dos Padres da Igreja no ocidente. Suas obras-primas são De Civitate Dei ("A Cidade de Deus") e "Confissões", ambas ainda muito estudadas atualmente.
De acordo com Jerônimo, seu contemporâneo, Agostinho "restabeleceu a antiga fé".[4] Em seus primeiros anos, Agostinho foi muito influenciado pelo maniqueísmo e, logo depois, pelo neoplatonismo de Plotino.[5] Depois de se converter ao cristianismo e aceitar o batismo (387), desenvolveu uma abordagem original à filosofia e teologia, acomodando uma variedade de métodos e perspectivas de uma maneira até então desconhecida.[6] Acreditando que a graça de Cristo era indispensável para a liberdade humana, ajudou a formular a doutrina do pecado original e deu contribuições seminais ao desenvolvimento da doutrina da guerra justa.
Quando o Império Romano do Ocidente começou a ruir, Agostinho desenvolveu o conceito de "Igreja Católica" como uma "Cidade de Deus" espiritual (na obra homônima) distinta da cidade terrena e material de mesmo nome.[7] "A Cidade de Deus" estava também intimamente ligada ao segmento da Igreja que aderiu ao conceito da Trindade como postulado pelo Concílio de Niceia e pelo Concílio de Constantinopla.[8]
Na Igreja Católica Romana e na Comunhão Anglicana, Agostinho é venerado como um santo, um proeminente Doutor da Igreja e o patrono dos agostinianos. Sua festa é celebrada no dia de sua morte, 28 de agosto. Muitos protestantes, especialmente os luteranos e calvinistas, consideram Agostinho como um dos "pais teológicos" da Reforma Protestante por causa de suas doutrinas sobre a salvação e graça divina. Na Igreja Ortodoxa, algumas de suas doutrinas não são aceitas, como a da cláusula Filioque,[9] do pecado original e do monergismo.[9] Ainda assim, apesar destas controvérsias, é considerado também um santo, sendo comemorado como "Beato Agostinho" no dia 15 de junho.[10] Ainda assim, numerosos autores ortodoxos advogaram a favor de suas obras e de sua personalidade, como Genádio II de Constantinopla e Seraphim Rose.