Anemia | |
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Ampliação de amostra de sangue com anemia por deficiência de ferro | |
Especialidade | Hematologia |
Sintomas | Fadiga, cansaço, falta de ar, sensação de desmaio[1] |
Causas | Hemorragia, diminuição da produção de glóbulos vermelhos, aumento da destruição de glóbulos vermelhos, genética ou nutricional[1] |
Método de diagnóstico | Medição da quantidade de hemoglobina no sangue[1] |
Prevenção | Em grávidas: suplementos de ferro[1] |
Tratamento | Depende da causa, suplementos de ferro e vitaminas, transfusões de sangue |
Prognóstico | Depende da causa |
Frequência | 2,36 mil milhões / 33% (2015)[2] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | D50, D64 |
CID-9 | 280-285 |
CID-11 | 224336967 |
DiseasesDB | 663 |
MedlinePlus | 000560 |
eMedicine | med/132 emerg/808 emerg/734 |
MeSH | D000740 |
Leia o aviso médico |
Anemia é a diminuição da quantidade de glóbulos vermelhos ou de hemoglobina no sangue.[3][4] Pode também ser definida como a diminuição da capacidade do sangue em transportar oxigénio.[5] Quando a anemia é de aparecimento lento, os sintomas são muitas vezes vagos e podem incluir fadiga, cansaço, falta de ar ou diminuição da capacidade de realizar exercício físico. Quando é de aparecimento rápido os sintomas são mais evidentes, incluindo estado de confusão, sensação de desfalecimento, perda de consciência ou aumento da sede. Só quando a progressão da doença é significativa é que a palidez se torna evidente. Os restantes sintomas dependem da causa subjacente à anemia.[1]
Existem três tipos principais de anemia: a que é causada por perda de sangue, a que é devida à diminuição da produção de glóbulos vermelhos e a que é devida ao aumento da destruição de glóbulos vermelhos. Entre as causas mais comuns para a perda de sangue estão o trauma físico e a hemorragia gastrointestinal. Entre as causas da diminuição de produção estão a deficiência de ferro, deficiência de vitamina B12, talassemia e diversas neoplasias da medula espinal. Entre as causas do aumento da destruição de glóbulos vermelhos estão uma série de condições genéticas como a anemia falciforme, infeções como a malária e algumas doenças autoimunes. A anemia pode também ser classificada com base no tamanho dos glóbulos vermelhos e na quantidade de hemoglobina em cada célula. Quando as células são pequenas, trata-se de anemia microcítica, quando são de tamanho normal trata-se de anemia normocítica e quando são grandes trata-se de anemia macrocítica. Em homens, o diagnóstico tem por base a contagem de hemoglobina no sangue inferior a 130 – 140 g/L (13 a 14 g/dL), enquanto em mulheres deve ser inferior a 120 – 130 g/L (12 a 13 g/dL).[1][6] Para determinar a causa é necessária a realização de mais exames.[1]
A alguns grupos de pessoas, como as grávidas, são recomendados suplementos de ferro para prevenir anemia.[1][7] Não é recomendado o uso de suplementos alimentares sem determinar primeiro a causa específica de anemia. O uso de transfusões de sangue tem por base a manifestação de sinais e sintomas.[1] Não são recomendados em pessoas sem sintomas, a não ser que o nível de hemoglobina seja inferior a 60 – 80 g/L (6 a 8 g/dL).[1][8] Estas recomendações aplicam-se também a algumas pessoas com hemorragias agudas[1] Os agentes estimuladores da eritropoiese só são recomendados para pessoas com anemia grave.[8]
A anemia é o distúrbio do sangue mais comum, afetando cerca de um quarto das pessoas em todo o mundo.[1] A anemia por deficiência de ferro afeta cerca de mil milhões de pessoas[9] e foi a causa de 183 000 mortes em 2013, uma diminuição em relação às 213 000 em 1990.[10] É mais comum em mulheres do que em homens,[9] entre as crianças, durante a gravidez e nos idosos.[1] A anemia diminui a capacidade de trabalho e produtividade das pessoas afetadas.[6] O nome tem origem no grego antigo anaimia, que significa "falta de sangue".[11]