Antena

 Nota: Para outros significados, veja Antena (desambiguação).
Antena
Antena
Antena da estação de telégrafo sem fios Marconi (Massachusetts, EUA).
Nome do componente Antena
Informações históricas
Inventado por Heinrich Hertz
Uso
Função Transmissão/recepção de ondas de rádio
Símbolo
a) antena geral, b) antena transmissora, c) antena receptora.

Símbolos de circuito para conexões de antena, dois à esquerda para antenas monopolar de cabo longo ou haste, à direita para duas variantes dipolo
Portal da Eletrônica
Filme sobre o funcionamento da antena

Na engenharia de radiodifusão, uma antena é a interface entre as ondas de rádio que se propagam pelo espaço e as correntes elétricas que se movem em condutores metálicos, usadas com um transmissor ou receptor.[1] Na transmissão, um transmissor de rádio fornece uma corrente elétrica aos terminais da antena, e a antena irradia a energia da corrente como ondas eletromagnéticas (ondas de rádio). Na recepção, uma antena intercepta parte da potência de uma onda de rádio para produzir uma corrente elétrica em seus terminais, que é aplicada a um receptor a ser amplificado. As antenas são componentes essenciais de todos os equipamentos de rádio.[2]

Uma antena é um conjunto de condutores (elementos), conectados eletricamente ao receptor ou transmissor. As antenas podem ser projetadas para transmitir e receber ondas de rádio em todas as direções horizontais igualmente (antenas omnidirecionais) ou preferencialmente em uma determinada direção (antenas direcionais, de alto ganho ou de “feixe”). Uma antena pode incluir componentes não conectados ao transmissor, refletores parabólicos, cornetas ou elementos parasitas, que servem para direcionar as ondas de rádio para um feixe ou outro padrão de radiação desejado. Diretividade forte e boa eficiência na transmissão são difíceis de obter com antenas com dimensões muito menores que meio comprimento de onda.

As primeiras antenas foram construídas em 1888 pelo físico alemão Heinrich Hertz em seus experimentos pioneiros para provar a existência de ondas previstas pela teoria eletromagnética de James Clerk Maxwell. Hertz colocou antenas dipolo no ponto focal de refletores parabólicos tanto para transmissão quanto para recepção.[3] A partir de 1895, Guglielmo Marconi iniciou o desenvolvimento de antenas práticas para telegrafia sem fio de longa distância, pelas quais recebeu o Nobel de Física.[4]

Antena dipolo de meia onda recebendo uma onda de rádio: o campo elétrico (E) da onda que chega empurra os elétrons nas hastes para frente e para trás, e correntes oscilantes (setas pretas) fluem através do receptor
Antena irradiando ondas de rádio: O transmissor aplica uma corrente alternada (setas vermelhas) nas hastes, que as carrega alternadamente positiva e negativa, emitindo loops de campo elétrico. Observe que as setas dos loops são invertidas cada vez que a corrente muda de polaridade.
  1. Graf, Rudolf F., ed. (1999). «Antenna». Modern Dictionary of Electronics. Newnes. p. 29. ISBN 978-0750698665 
  2. AMARAL, Cristiano (2021). Guia Moderno do Radioescuta. Brasília: Amazon. ISBN 978-65-00-20800-9 
  3. Hertz, H. (1889). «[no title cited]». Annalen der Physik und Chemie. 36 
  4. Marconi, G. (11 de dezembro de 1909). «Wireless Telegraphic Communication». Nobel Lecture. Cópia arquivada em 4 de maio de 2007 
    «Physics 1901–1921». Nobel Lectures. Amsterdam: Elsevier Publishing Company. 1967. pp. 196–222, 206 

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