Antioxidante

Modelo da glutationa, um antioxidante metabólito. A esfera amarela é o átomo de enxofre, um agente redutor responsável pela função antioxidante, enquanto que as esferas vermelhas, azuis, brancas e cinzentas representam respectivamente os átomos de oxigénio, azoto, hidrogénio e carbono.

Um antioxidante é uma molécula capaz de inibir a oxidação de outras moléculas. A oxidação é uma reacção química que transfere electrões ou hidrogénio de uma substância para um agente oxidante. As reacções de oxidação podem produzir radicais livres. Por sua vez, estes radicais podem dar início a reacções em cadeia que, quando ocorrem em células, podem danificá-las ou causar a sua morte. Os antioxidantes interrompem estas reacções em cadeia eliminando os radicais livres intermediários e inibindo outras reacções de oxidação. Isto é conseguido através da sua própria oxidação, pelo que os antioxidantes são frequentemente agentes de redução, como os tióis, o ácido ascórbico ou polifenóis.[1]

Derivados da p-fenilenodiamina são antioxidantes comuns para prevenir a formação de gomas na gasolina.

Embora as reacções de oxidação sejam fundamentais para a vida, podem também ser prejudiciais. As plantas e os animais sustentam sistemas complexos de vários tipos de antioxidantes, como glutationa, vitamina C e vitamina E, e ainda enzimas como a catalase, dismutase e várias peroxidases. Baixos níveis de antioxidantes, ou inibição das enzimas antioxidantes, causam stress oxidativo e podem danificar ou matar as células.

Como o stress oxidativo mostra ser um componente fundamental de muitas doenças humanas, o uso de antioxidantes na farmacologia é estudado de forma intensiva, sobretudo em tratamentos para os enfartes ou doenças neurodegenerativas. Contudo, ainda se desconhece se o stress oxidativo é uma causa ou consequência da própria doença.

Os antioxidantes são amplamente usados no fabrico de suplementos dietéticos e têm sido amplamente estudados no âmbito da investigação de doenças como o cancro, doenças coronárias e até mesmo no mal de montanha. Embora alguns estudos iniciais tenham sugerido que os suplementos de antioxidantes podiam ter benefícios na saúde, ensaios clínicos realizados mais tarde não detectaram qualquer benefício, tendo sugerido, pelo contrário, que suplementos em excesso podem ser nocivos.[2][3]

Para além do seu uso no campo da medicina, estes compostos têm imensas aplicações industriais, como conservantes alimentares, cosmética, e na prevenção da degradação da borracha. São importantes aditivos na gasolina, prevenindo a formação de gomas que interferem com a actividade dos motores de combustão interna.[4]

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  2. Baillie, J.K.; Thompson, A.A.R.; Irving, J.B.; Bates, M.G.D.; Sutherland, A.I.; MacNee, W.; Maxwell, S.R.J.; Webb, D.J. (2009). «Oral antioxidant supplementation does not prevent acute mountain sickness: double blind, randomized placebo-controlled trial». QJM. 102 (5): 341–8. PMID 19273551. doi:10.1093/qjmed/hcp026 
  3. Bjelakovic G; Nikolova, D; Gluud, LL; Simonetti, RG; Gluud, C (2007). «Mortality in randomized trials of antioxidant supplements for primary and secondary prevention: systematic review and meta-analysis». JAMA. 297 (8): 842–57. PMID 17327526. doi:10.1001/jama.297.8.842 
  4. (em inglês) Werner Dabelstein, Arno Reglitzky, Andrea Schütze and Klaus Reders "Automotive Fuels" in Ullmann's Encyclopedia of Industrial Chemistry 2007, Wiley-VCH, Weinheim.doi:10.1002/14356007.a16_719.pub2

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