Antropofagia

 Nota: Para movimento artístico brasileiro da década de 1920, veja Movimento antropofágico.
Antropofagia no Brasil segundo a descrição de Hans Staden.

Antropofagia é um ato ritual de comer uma ou várias partes de um ser humano. Os povos que praticavam esse ritual o faziam pensando que, assim, iriam ter a vingança do seu povo morto pelo bando do prisioneiro. Por sua realização em contexto mágico cerimonial ou patológico, não deve ser classificada ou compreendida como um hábito alimentar, o que não se aplica ao canibalismo, na maioria das vezes associado ao comportamento predatório. Observa-se também que muitos autores utilizam esses termos indistintamente.

A prática, conforme afirmam antropólogos e arqueólogos, era encontrada em algumas comunidades ao redor do mundo. Foram encontradas evidências na África, América do Sul, América do Norte, ilhas do Pacífico Sul e nas Caraíbas (ou Antilhas). Na maioria dos casos, consiste num tipo de ritual religioso/mágico como uma forma de prestar seu respeito e desejo de adquirir as características da pessoa morta.

Um dos grupos canibais mais famosos são os astecas, que sacrificavam seus prisioneiros de guerra e comiam alguns deles. Eles comiam os prisioneiros de guerra e outras vítimas, numa prática conhecida como exocanibalismo ou exofagia, ou seja, canibalismo praticado em indivíduos de tribos diferentes. O canibalismo que consiste no acto de consumir parte dos corpos de seus parentes e amigos mortos é chamado de endocanibalismo (ver verbete específico: Antropofagia na Mesoamérica).

Os poucos casos de antropofagia de humanos registrados na história da sociedade ocidental moderna estão ligados a situações-limite de satisfação do instinto de sobrevivência do indivíduo perante uma opção de vida ou morte.


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