Museu Guggenheim de Bilbao, Espanha, de Frank Gehry | |
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Arquitetura desconstrutivista (AO 1945: arquitectura desconstrutivista), também chamada movimento desconstrutivista ou simplesmente desconstrutivismo ou desconstrução, é uma linha de produção arquitetônica pós-moderna que começou no fim dos anos 80. Ela é caracterizada pela fragmentação, pelo processo de desenho não linear, por um interesse pela manipulação das ideias da superfície das estruturas ou da aparência, pelas formas não-retilíneas que servem para distorcer e deslocar alguns dos princípios elementares da arquitetura, como a estrutura e o envoltório (paredes, piso, cobertura e aberturas) do edifício. A aparência visual final dos edifícios da escola desconstrutivista caracteriza-se por um caos controlado e por uma estimulante imprevisibilidade.[1] Tem sua base no movimento literário chamado desconstrução. O nome também deriva do construtivismo russo que existiu durante a década de 1920, de onde retoma alguma de sua inspiração formal.
Entre alguns dos importantes eventos históricos do movimento desconstrutivista estão o concurso internacional parisiense do Parc de la Villette (especialmente as participações de Jacques Derrida, Peter Eisenman[2] e o primeiro colocado, Bernard Tschumi), a exposição de 1988 do Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova Iorque Deconstructivist Architecture, organizada por Philip Johnson e Mark Wigley, e a inauguração em 1989 do Wexner Center for the Arts em Columbus, Ohio, projetado por Peter Eisenman. Na exposição de Nova Iorque foram exibidas obras de Frank Gehry, Daniel Libeskind, Rem Koolhaas, Peter Eisenman, Zaha Hadid, Bernard Tschumi e da Coop Himmelb(l)au. Desde a exibição, muitos dos arquitetos que estiveram associados ao desconstrutivismo distanciaram-se desse termo. No entanto, o termo "desconstrutivismo" perdurou, e seu uso atual, de fato, abarca uma tendência geral dentro da arquitetura contemporânea.
Inicialmente, alguns dos arquitetos conhecidos como desconstrutivistas foram influenciados pelas ideias do filósofo francês Jacques Derrida. Eisenman manteve um relacionamento pessoal com Derrida, mas mesmo assim sua abordagem ao projeto arquitetônico se desenvolveu muito antes de tornar-se um desconstrutivista. Para ele, o desconstrutivismo deve ser considerado uma extensão do seu interesse pelo formalismo radical. Alguns seguidores da corrente desconstrutivista foram também influenciados pelas experimentações formais e desequilíbrios geométricos do construtivismo russo. Há referências adicionais no desconstrutivismo a vários movimentos do século XX: a interação modernismo/pós-modernismo, o expressionismo, o cubismo, o minimalismo e a arte contemporânea. A intenção[carece de fontes] do desconstrutivismo como um todo é libertar a arquitetura do que seus seguidores veem como as "regras" constritivas do modernismo, tais como a "forma segue a função", "pureza da forma" e a "verdade dos materiais".