Artur Bernardes

 Nota: Para outros significados, veja Artur Bernardes (desambiguação).
Artur Bernardes
Artur Bernardes
12.º Presidente do Brasil
Período 15 de novembro de 1922
a 15 de novembro de 1926
Vice-presidente Estácio Coimbra
Antecessor(a) Epitácio Pessoa
Sucessor(a) Washington Luís
Deputado Federal por Minas Gerais[1]
Período 3 de setembro de 1952
a 15 de janeiro de 1953
Período 27 de março de 1951
a 7 de outubro de 1951
Período 5 de fevereiro de 1946
a 31 de janeiro de 1951
Período 2 de maio de 1935
a 10 de novembro de 1937
Período 3 de maio de 1915
a 7 de setembro de 1918
Período 24 de maio de 1909
a 10 de setembro de 1910
Senador por Minas Gerais
Período 25 de maio de 1927[2]
a 24 de outubro de 1930
12.º Presidente de Minas Gerais
Período 7 de setembro de 1918
a 7 de setembro de 1922[3]
Antecessor(a) Delfim Moreira
Sucessor(a) Raul Soares de Moura
Secretário de Finanças de Minas Gerais
Período 7 de setembro de 1909[4]
a 7 de setembro de 1914[5]
Deputado Estadual de Minas Gerais
Período 1907 a 1909
Dados pessoais
Nome completo Artur da Silva Bernardes
Nascimento 8 de agosto de 1875
Santa Rita do Turvo,[a] Província de Minas Gerais, Império do Brasil
Morte 23 de março de 1955 (79 anos)
Rio de Janeiro, Distrito Federal
Alma mater Faculdade de Direito de São Paulo
Cônjuge Clélia Vaz de Melo (1903–1955)
Filhos(as) 8
Partido PRM (c. 1904–1937)
UDN (1945)
PR (1945–1955)
Religião Catolicismo
Profissão Advogado, jornalista, fazendeiro
Assinatura Assinatura de Artur Bernardes

Artur da Silva Bernardes[b] (Viçosa, 8 de agosto de 1875Rio de Janeiro, 23 de março de 1955) foi um advogado e político brasileiro, presidente de Minas Gerais de 1918 a 1922 e presidente do Brasil entre 15 de novembro de 1922 e 15 de novembro de 1926. Seu período na administração nacional foi marcado pela crise da Primeira República e a vigência quase ininterrupta do estado de sítio. Na sua longa carreira política, de 1905 até sua morte, ele foi o principal líder do Partido Republicano Mineiro (PRM) de 1918–1922 até a extinção da agremiação, e fundador e líder do Partido Republicano (PR).

Como governador de Minas Gerais, fundou a atual Universidade Federal de Viçosa e impediu o investidor americano Percival Farquhar de explorar as jazidas de minério de ferro de Itabira, cultivando uma imagem de nacionalista e municipalista. Candidato situacionista e "café com leite" na eleição presidencial de 1922, foi alvo de cartas falsas e uma tentativa de golpe para impedir sua posse, a Revolta dos 18 do Forte. Sua administração foi impopular nas cidades, especialmente no Rio de Janeiro, e a partir de julho de 1924 foi atacada por conspirações e revoltas armadas de militares tenentistas.

Sua atitude com a oposição foi intransigente e autoritária. Dos estados que se opuseram à sua candidatura, o Rio de Janeiro e a Bahia tiveram seus partidos dominantes derrubados, e o Rio Grande do Sul enfrentou a Revolução de 1923, na qual o governo federal intermediou a paz. Na capital a polícia política foi reorganizada na 4.ª Delegacia Auxiliar. Centenas de militares rebeldes, militantes operários, especialmente anarquistas, e outros civis morreram no bombardeio de São Paulo e colônia penal de Clevelândia. Nenhuma anistia foi concedida aos revoltosos.

A administração também aplicou uma política econômica de austeridade e contração monetária, combatendo a inflação e a desvalorização da moeda, retirou o Brasil da Liga das Nações, realizou uma reforma constitucional centralizadora, a única da Constituição de 1891, reaproximou o Estado da Igreja Católica e aprovou algumas leis trabalhistas ao mesmo tempo que reprimia os sindicatos. Bernardes apoiou a Revolução de 1930, mas nos anos seguintes viu o PRM reduzido a uma facção minoritária em Minas Gerais. Nos seus últimos anos ele participou da Campanha do Petróleo. Homem austero e reservado, foi idolatrado pelos seguidores, os bernardistas, e odiado pelos inimigos.

  1. «ARTHUR BERNARDES - Biografia». Câmara dos Deputados. Consultado em 7 de julho de 2024 
  2. Meirelles 2002, p. 679.
  3. «Galeria de Governadores». Governo de Minas Gerais. Consultado em 7 de julho de 2024 
  4. Monteiro 1997, p. 43.
  5. Malin 2015, p. 5.


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