Ascarel

O Ascarel é o nome comercial um óleo resultante de uma mistura de hidrocarbonetos derivados de petróleo, contendo Alocloro 124, uma bifenila policlorada (PCB). Trata-se de uma substância tóxica persistente, cujo uso deve ser abolido, nos termos da Convenção de Estocolmo, em razão dos danos que pode causar à vida humana e ao meio ambiente.

O Ascarel é utilizado como isolante em equipamentos elétricos, sobretudo transformadores.[1] A instalação de novos aparelhos que utilizem Ascarel foi proibida no Brasil em 1981,[2] mas ainda existem muitos equipamentos abandonados contendo esse produto, notadamente em subestações e em edifícios industriais.[3] O maior risco é o de vazamento, quando do desmonte desses equipamentos para venda como sucata. Um eventual vazamento pode causar sérios danos ambientais, incluindo não só a contaminação do solo mas também das águas, em especial, dos lençóis freáticos. Os riscos à saúde também são grandes: os PCBs são considerados carcinogênicos, afetando sobretudo fígado, baço e rins. Além disso, podem causar danos irreversíveis ao sistema nervoso central.

O Ascarel contém cerca de 40-60% (m/m) de PCB. A maior parte dos PCBs utilizados no Brasil provinha dos Estados Unidos e era fabricada pela Monsanto.[3]

  1. O legado das bifenilas policloradasS (PCBs), por José Carlos Pires Penteado e Jorge Moreira Vaz. Química Nova, vol. 24 n°3 São Paulo maio-junho de 2001
  2. Portaria Interministerial n° 19, de 29 de janeiro de 1981.
  3. a b Substâncias tóxicas persistentes (STP) no Brasil, por Fernanda V. Almeida; Alberto J. Centeno; Márcia Cristina Bisinoti; Wilson F. Jardim. Química Nova vol.30 n°8. São Paulo, 2007.

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