O assassinato de Jamal Khashoggi, dissidente saudita, jornalista do The Washington Post e ex-gerente geral e editor-chefe do Al-Arab News Channel, ocorreu em 2 de outubro de 2018 no consulado saudita em Istambul, quando esse foi perpetrado por agentes do governo saudita.[1][2] A causa exata de sua morte é desconhecida, pois seu corpo não foi localizado ou examinado.[3][4][5] Oficiais do governo de vários países, incluindo Arábia Saudita, Turquia, Reino Unido, França e Alemanha, acreditam que Khashoggi foi assassinado. A Turquia, em particular, acredita que foi assassinato premeditado, e autoridades sauditas anônimas admitiram que agentes afiliados ao governo saudita o mataram.[3][6][7][8]
A família real saudita negou ter ordenado ou sancionado o assassinato.[3] Em 31 de outubro, o promotor-chefe de Istambul divulgou uma declaração afirmando que Khashoggi havia sido estrangulado assim que ele entrou no edifício do consulado e que seu corpo foi desmembrado e descartado.[9] Em 15 de novembro de 2018, a promotoria saudita disse que onze cidadãos sauditas foram indiciados e acusados de assassinar Khashoggi e que cinco deles poderiam enfrentar a pena de morte, uma vez que foi determinado que eles estavam diretamente envolvidos na "ordenação e execução do crime". Embora as autoridades sauditas continuem negando que a família real saudita tenha participado, ordenado ou sancionado o assassinato, há evidências de que o príncipe herdeiro saudita Mohammad bin Salman estava envolvido.[10][11]
As autoridades turcas divulgaram uma gravação em áudio do assassinato de Khashoggi, que alegava conter evidências de que Khashoggi havia sido assassinado por ordem de Mohammed bin Salman.[1] Vários dias depois, em 16 de novembro de 2018, membros da Agência Central de Inteligência (CIA) que analisaram internamente várias fontes de inteligência concluíram que Mohammed bin Salman ordenou o assassinato de Khashoggi.[12] Em 20 de novembro de 2018, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contestou a avaliação da CIA e declarou que a investigação da morte de Khashoggi precisava continuar.[13] Muhammad Bin Salman negou ter ordenado o assassinato de Khashoggi, mas aceitou a responsabilidade devido ao assassinato ocorrido sob sua guarda. Em 23 de dezembro de 2019, cinco pessoas foram condenadas à morte pelo assassinato de Khashoggi por um tribunal na Arábia Saudita. Três outros receberam sentenças de prisão e três foram absolvidos.[14]
↑«Speakers» (em inglês). International Public Relations Association – Gulf Chapter (IPRA-GC). Consultado em 25 de dezembro de 2019. Arquivado do original em 11 de maio de 2012