Campo de concentração de Auschwitz | |
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Campo de concentração e extermínio | |
Vista aérea da entrada para Auschwitz II-Birkenau, o campo de extermínio do complexo de Auschwitz. Patrimônio Mundial da UNESCO | |
Coordenadas | |
Outros nomes | Birkenau |
Localização | Oświęcim, Polônia |
Operado por | Alemanha (como campo de extermínio) União Soviética (campo de prisioneiros por dois anos após a II Guerra Mundial) |
Uso original | Alojamentos do exército |
Atividade | Maio de 1940 – Janeiro de 1945 |
Câmaras de gás | Sim |
Tipo de prisioneiro | Judeus, poloneses, ciganos, prisioneiros soviéticos |
Mortos | c. 1,3 milhão a 3 milhões |
Libertado por | União Soviética - 27 de janeiro de 1945
(78 anos atrás) |
Detentos notáveis | Primo Levi, Viktor Frankl, Elie Wiesel, Maximillian Kolbe, Edith Stein, Anne Frank |
Website | www |
O campo de concentração de Auschwitz (em alemão: Konzentrationslager Auschwitz, pronunciado [kɔntsɛntʁaˈtsi̯oːnsˌlaːɡɐ ˈʔaʊʃvɪts] (ⓘ), também KZ Auschwitz ou KL Auschwitz) foi uma rede de campos de concentração localizados no sul da Polônia operados pelo Terceiro Reich e colaboracionistas[1] nas áreas polonesas anexadas pela Alemanha Nazista, maior símbolo do Holocausto[2] perpetrado pelo nazismo durante a Segunda Guerra Mundial. A partir de 1940, o governo de Adolf Hitler construiu vários campos de concentração e um campo de extermínio nesta área. A razão direta para sua construção foi o fato de que as prisões em massa de judeus, especialmente poloneses, por toda a Europa que ia sendo conquistada pelas tropas nazistas, excediam em grande número a capacidade das prisões convencionais até então existentes.[2] Ele foi o maior dos campos de concentração nazistas, consistindo de Auschwitz I (Stammlager, campo principal e centro administrativo do complexo); Auschwitz II–Birkenau (campo de extermínio), Auschwitz III–Monowitz, e mais 45 campos satélites.[3]:50
Por um longo tempo, Auschwitz era apenas o nome alemão dado a Oświęcim, na Baixa Polônia, a cidade em volta da qual os campos eram localizados. Ele tornou-se novamente oficial após a invasão da Polônia pela Alemanha em setembro de 1939. "Birkenau", a tradução alemã para Brzezinka (floresta de bétulas), referia-se originalmente a uma pequena vila polonesa que foi destruída para que o campo pudesse ser construído.
Em 27 de abril de 1940, Heinrich Himmler, o Reichsführer da SS, deu ordens para que a área dos antigos alojamentos da artilharia do exército, no local agora oficialmente nomeado Auschwitz, fosse transformado em campos de concentração.[4] No complexo construído, Auschwitz II–Birkenau foi designado por ele como campo de extermínio e o lugar para a Solução Final dos judeus. Entre o começo de 1942 e o fim de 1944, trens transportaram judeus de toda a Europa ocupada para as câmaras de gás do campo.[5]:6 O primeiro comandante, Rudolf Höss, testemunhou depois da guerra, no Julgamento de Nuremberg, que mais de três milhões de pessoas haviam morrido ali, 2,5 milhões gaseificadas e 500 mil de fome e doenças.[6] Hoje em dia os números mais aceitos são em torno de 1,3 milhão, sendo 90% deles de judeus. Outros deportados para Auschwitz e executados foram 150 mil poloneses, 23 mil romas, 15 mil prisioneiros de guerra soviéticos, cerca de 400 Testemunhas de Jeová e dezenas de milhares de pessoas de diversas nacionalidades.[7]:62[8] Aqueles que não eram executados nas câmaras de gás morriam de fome, doenças infecciosas, trabalhos forçados, execuções individuais ou experiências médicas.[7]
Em 27 de janeiro de 1945 os campos foram libertados pelas tropas soviéticas, dia este que é comemorado mundialmente como o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto, assim designado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, resolução 60/7, em 1 de novembro de 2005, durante a 42º sessão plenária da Organização.[9] Em 1947, a Polônia criou um museu no local de Auschwitz I e II, que desde então recebeu a visita de mais de 30 milhões de pessoas de todo mundo, que já passaram sob o portão de ferro que tem escrito em seu cimo o infame motto "Arbeit macht frei" (o trabalho liberta).[6] Em 1979, a UNESCO declarou oficialmente as ruínas de Auschwitz-Birkenau como Patrimônio da Humanidade.[10]