Bagara |
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Todos os grupos beduínos, árabes, Guhayna |
Os bagara ou baqqarah (árabe: البقارة) são um povo beduíno nômade que vive na África, na zona que vai desde o lago Chade até o rio Nilo, região do Sahel que compreende alguns dos estados do Sudão (em especial Darfur), Níger, Chade, Camarões, Nigéria, e a República Centro africana. Também são conhecidos como árabes shuwa ou árabes chadianos, uma confederação de população de ascendência mista árabe com africanos arabizados .[1] Muitos falam shuwa, que é um dialeto do idioma árabe. Bagara significa "pastores de gado". [2]
Majoritariamente muçulmanos, acreditam ser descendentes das tribos árabes Juhayna, de origem Líbia que chegaram na região entre os séculos XIV e XVIII, no entanto, coletivamente, eles não se consideram necessariamente um povo, ou seja, um único grupo étnico. [3]
São pecuaristas nômades que migram anualmente das zonas que possuem pastagens na estação de chuvas para às regiões fluviais na estação seca. Tal mobilidade pastoril histórica acontece atualmente em uma região transfronteiriça turbulenta entre o Sudão e o Sudão do Sul, pois tais pastagens do período seco indispensáveis para está atividade hoje estão localizadas no Sudão do Sul, o que leva inevitavelmente o envolvimento dos Begara no conflito de Darfur.[4]
Os Begara são usados como massa de manobra de interesses geopolíticos e militares do governo do Sudão, pois a região e rica em petróleo. Mesmo com alguns líderes Bagara buscando negociar tréguas para obter acesso a terras de pastagem tradicionais em áreas Dincas na região sul de Bahr el Ghazal, o governo central Sudanês intensifica esforços para impedir tais negociações inflamando a competição histórica Bagara com os Nuba por pastagens com o objetivo de livrar a terra Nuba de seus habitantes e substituí-los por árabes Bagara. [5]