Batalha de Cibotos

Batalha de Cibotos
Cruzada Popular
Data 1096
Local Cibotos, Bitínia
Coordenadas 40° 25' 54" N 29° 09' 22" E
Desfecho Vitória seljúcida decisiva
Beligerantes
Cruzados Turcos seljúcidas
Comandantes
Godofredo Burel Sem líder definido
Forças
20 000 Desconhecido
Cibotos está localizado em: Turquia
Cibotos
Localização de Cibotos na moderna Turquia

A batalha de Cibotos (em grego: Κιβωτός; romaniz.: Kibotós) ou de Civetot ocorreu em 1096, próximo da fortaleza de Cibotos, na Bitínia, e pôs fim à Cruzada Popular.[1] Após a desastrosa derrota dos cruzados no cerco de Xerigordo, dois espiões turcos espalharam o rumor de que os germânicos tinham conseguido tomar não só Xerigordo como também Niceia, o que incentivou este contingente a apressar-se para chegar à cidade o mais depressa possível para compartilhar o saque. Naturalmente, os turcos estava esperando no caminho para Niceia. Pedro, o Eremita tinha voltado a Constantinopla para providenciar suprimentos e devia retornar logo, e muitos dos líderes argumentaram que deveriam esperá-lo. No entanto, Godofredo Burel, que tinha amplo apoio entre as massas do exército, argumentou que seria covardia aguardar, e que deveriam avançar imediatamente contra os turcos seljúcidas. Sua vontade prevaleceu e, na manhã de 21 de outubro, todo o exército de cerca de 20 000 cruzados marchou em direção a Niceia, deixando mulheres, crianças, velhos e doentes para trás no acampamento.[2][3]

Três quilômetros do acampamento, onde a estrada entrava em um vale estreito e arborizado perto da aldeia de Draco, o exército turco aguardava em emboscada. Ao aproximar-se do vale, os cruzados marchando ruidosamente e foram imediatamente submetidos a um ataque de flechas.[4] que vitimou um grande número de peregrinos. O pânico imediatamente instalou-se e em poucos minutos o exército estava derrotado e fugia em direção ao acampamento. Muitos dos cruzados foram massacrados (mais de 60 000 segundo alguns registros[5]), embora mulheres, crianças e aqueles que se renderam foram poupados. 3 000, incluindo Godofredo Burel, foram capazes de obter refúgio em um castelo abandonado.[6] Posteriormente, os bizantino sob Constantino Euforbeno Catacalo vieram em seu socorro e levantaram o cerco turco.[7] Esses poucos retornaram a Constantinopla, os únicos sobreviventes da Cruzada Popular.

Referências

  1. Bradbury 2004, p. 194.
  2. Norwich 1996, p. 33-35.
  3. Runciman 1951, p. 131.
  4. Runciman 1951, p. 60; 131.
  5. Kostick 2008, p. 109.
  6. Runciman 1951, p. 132.
  7. Kazhdan 1991, p. 64.

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