Batalha de Poitiers | |||
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Parte da Guerra dos Cem Anos | |||
Iluminura da batalha c. 1470–1480
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Data | 19 de setembro de 1356 | ||
Local | Próximo de Poitiers, França | ||
Desfecho | Vitória inglesa | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Forças | |||
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Baixas | |||
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A Batalha de Poitiers foi um confronto travado em 19 de setembro de 1356 durante a Guerra dos Cem Anos entre um exército francês comandado pelo rei João II e uma força anglo-gascã comandada por Eduardo de Woodstock, Príncipe de Gales. A batalha ocorreu a aproximadamente oito quilômetros ao sul de Poitiers, no oeste da França, quando entre catorze e dezesseis mil franceses atacaram uma posição defensiva mantida por seis mil anglo-gascões.
Eduardo, filho e herdeiro do rei Eduardo III da Inglaterra, partiu em uma grande campanha no sudoeste da França dezenove anos depois do início da guerra. Seu exército marchou de Bergerac até o rio Loire, mas não foi capaz de atravessá-lo. João reuniu um exército grande e foi atrás das forças de Eduardo. Os anglo-gascões estabeleceram uma forte posição defensiva próxima de Poitiers, sendo atacados pelos franceses depois de negociações infrutíferas.
O primeiro ataque incluiu duas unidades de cavalaria, uma grande força de besteiros e também muitos soldados de infantaria e homens de armas desmontados. Estes foram rechaçados pelos anglo-gascões, que lutaram todos desmontados. Seguiu-se um segundo ataque por quatro mil homens de armas a pé liderados por Carlos, Delfim de Viennois e filho de João. Este também foi rechaçado após uma luta prolongada. Confusão se espalhou entre os franceses enquanto a divisão de Carlos recuava e por volta de metade dos homens na terceira divisão sob Filipe, Duque de Orleães foram embora, levando os quatro filhos de João. Alguns que não fugiram realizaram um pífio terceiro ataque. Os franceses restantes se reuniram ao redor do rei e iniciaram um quarto ataque, novamente todos como infantaria. Eles lentamente ganharam a vantagem, mas uma pequena força montada de 160 anglo-gascões apareceu na retaguarda francesa. Alguns franceses fugiram achando que estavam cercados, o que deixou outros em pânico, e logo toda a força ruiu.
João foi capturado, assim como um dos seus filhos e entre dois e três mil homens de armas. Aproximadamente 2,5 mil homens de armas franceses foram mortos. Além disso, 1,5 ou 3,8 mil soldados de infantaria foram mortos ou capturados. Os franceses sobreviventes dispersaram, enquanto os anglo-gascões continuaram seu recuo em direção da Gasconha. Uma trégua de dois anos foi concordada na primavera seguinte e Eduardo escoltou João para Londres. Revoltas populistas estouraram pela França. Negociações para o fim da guerra e o resgate de João se arrastaram, fazendo Eduardo lançar outra campanha em 1359 em resposta. Os dois lados chegaram a um meio-termo no Tratado de Brétigny de 1360, em que uma enorme parte da França foi cedida à Inglaterra e o resgate de João foi estabelecido em três milhões de escudos de ouro. Na época isto pareceu dar fim à guerra, mas os franceses retomaram as hostilidades em 1369 e recapturaram boa parte do território perdido. A guerra só foi terminar em 1453 com uma vitória francesa.