O batiscafo é um veículo submersível destinado à exploração dos oceanos em regiões de águas ultraprofundas. São utilizados principalmente para pesquisa científica ou para operações de resgate das tripulações de submarinos danificados.
O batiscafo que alcançou a maior profundidade com uma população tripulada foi o Batiscafo Trieste projetado pelo suíço Auguste Piccard. Em 23 de Janeiro de 1960 o Trieste desceu na Fossa das Marianas, na costa da Filipinas, no local chamado Challenger Deep, a 10.911 metros de profundidade, recorde até hoje não superado. Nesta ocasião, eram seus tripulantes o engenheiro e oceanógrafo suíço, Jacques Piccard, e o Tenente da Marinha Americana, Don Walsh.
O primeiro batiscafo do Brasil, o Batiusp, foi desenvolvido nos anos 1970 e construído no Instituto Oceanográfico (IO - USP) em 1979.[1] O desenvolvimento desta tecnologia foi o que permitiu a construção posterior de diversos outros veículos submarinos robôs como os que são utilizados pela Petrobrás, incluindo veículos como o USAR (Unidade Submarina de Ativação Remota) planejada para operar até profundidade de 1100 metros, que permitiu a inspeção indireta das plataformas de petróleo offshore, ou o Mergus, com capacidade para operar até 500 metros de profundidade, desenvolvidos no início dos anos 1980 [2].
Atualmente existem centenas de submersíveis para águas profundas não tripulados, veículos submarinos operados remotamente (VSOR ou ROV) sendo utilizados no Brasil, a maior parte destinado ao apoio da prospecção e extração de petróleo, e na manutenção da infraestrutura das plataformas petrolíferas e dutos submarinos.