Caatinga

Caatinga
Parque Nacional do Catimbau, em Pernambuco.
Parque Nacional do Catimbau, em Pernambuco.

Parque Nacional do Catimbau, em Pernambuco.
Bioma Caatinga
Área 734.478 km²
Países Brasil, Brasil
Rios Rio São Francisco e Rio Parnaíba
Localização do bioma da Caatinga como definido pelo IBAMA. Imagem de satélite da NASA.
Localização do bioma da Caatinga como definido pelo IBAMA. Imagem de satélite da NASA.

Localização do bioma da Caatinga como definido pelo IBAMA. Imagem de satélite da NASA.


Caatinga (do tupi: ka'a [mata] + ting [branco] + -a [sufixo substantivador] = mata branca) é o único bioma[nota 1] exclusivamente brasileiro, o que significa que grande parte do seu patrimônio biológico não pode ser encontrado em nenhum outro lugar do planeta. Este nome decorre da alusão à paisagem esbranquiçada apresentada pela vegetação durante o período seco. A maioria das plantas perdem as folhas e os troncos tornam-se esbranquiçados e secos. A caatinga, que ocupa uma área de cerca de 734.478 km², o equivalente a 10% do território nacional, ocorre nos estados da Paraíba, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Maranhão (em áreas muito pequenas próximas ao rio Parnaíba) e parte do norte de Minas Gerais (região Sudeste do Brasil).

A caatinga é um dos grandes biomas brasileiros mais fragilizados. O uso insustentável de seus solos e recursos naturais ao longo de centenas de anos de ocupação, fazem com que a caatinga esteja bastante degradada. É comum a associação da imagem de local pobre e seco, a caatinga, pela mídia e filmes. Os problemas de conservação da Caatinga surgiram com o início da colonização do Brasil, devido a exploração intensa dos recursos naturais e minerais, além do genocídio dos povos indígenas, que desde sempre detiam conhecimentos milenares sobre a biodiversidade e conservação do bioma.[1] A região da faixa litorânea foi o cenário do primeiro contato português no país. Os sertões foram as principais áreas interioranas exploradas para produção de produtos primários no Brasil, resultando na introdução do gado, que consolidou o sistema econômico de produção do gado vacum desde o século XVI, mas também foi responsável pela maior parte do massacre aos povos indígenas e por degradar a mata original do bioma, gerando porções desérticas que são encontradas principalmente na Bahia. O bioma é adaptado naturalmente a um clima semiárido com longa estação seca.[2]

Entretanto, pesquisas recentes vêm revelando a riqueza particular do bioma em termos de biodiversidade e fenômenos característicos. Do ponto de vista da vegetação, a região da caatinga é classificada como savana-estépica. Entretanto, a paisagem é bastante diversa, com regiões distintas, cujas diferenças se devem à pluviometria, fertilidade e tipos de solo e relevo.

Uma primeira divisão que pode ser feita é entre o agreste e o sertão. O agreste é uma faixa de transição entre o interior seco (sertão) e a Mata Atlântica (Zona da Mata).[1] Já o sertão apresenta vegetação mais rústica. Outras subdivisões comuns incluem Seridó, Curimataú, Caatinga e Carrasco.[3] Em termos de tipos de vegetação, a caatinga do seridó é uma transição entre campo e a caatinga arbórea. Cariri é a caatinga com vegetação menos rústica.

O Carrasco, termo aplicado a vários tipos de vegetação,[2] corresponde a savana muito densa, seca, que ocorre no topo de chapadas,[4] caracterizada pelo predomínio de plantas caducifólias lenhosas, arbustivas, muito ramificadas e densamente emaranhadas por trepadeiras. Ocorre, sobretudo, na Bacia do Meio Norte e Chapada do Araripe. Porém, floristicamente, alguns autores consideram o Carrasco mais próximo do cerradão (ou catanduva) do que da caatinga.[5] Nas serras, que apresentam mais umidade, surgem os brejos de altitude, da Mata Atlântica.[5]


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  1. a b Leite, M. (2001): Brasil. Paisagens Naturais, São Paulo:Editora Ática, ISBN 978850810863-3
  2. a b ARAÚJO, Francisca Soares de; MARTINS, Fernando Roberto. Fisionomia e organização da vegetação do carrasco no planalto da Ibiapaba, estado do Ceará. Acta Bot. Bras., Feira de Santana, v. 13, n. 1, p. 1-13, 1999, [1].
  3. Cortez et al. 2007. Caatinga. Editora Harbra.
  4. Descritas novas espécies de répteis no Cerrado e Caatinga, Jornal O Globo, edição de 23 de janeiro de 2007
  5. a b Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Prado

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