XXIV Campeonato Brasileiro de Futebol | ||||
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V Copa Brasil de 1979 | ||||
Dados | ||||
Participantes | 94 | |||
Organização | CBD | |||
Local de disputa | Brasil | |||
Período | 16 de setembro – 23 de dezembro | |||
Gol(o)s | 1361 | |||
Partidas | 583 | |||
Média | 2,33 gol(o)s por partida | |||
Campeão | Internacional (3º título) | |||
Vice-campeão | Vasco da Gama | |||
Melhor marcador | César (America-RJ) – 13 gols | |||
Melhor ataque (fase inicial) | Cruzeiro – 21 gols | |||
Melhor defesa (fase inicial) | 4 gols: | |||
Público | 5 326 288 | |||
Média | 9 136 pessoas por partida | |||
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O Campeonato Brasileiro de Futebol de 1979, originalmente denominado Copa Brasil pela CBD, foi a 24.ª edição do Campeonato Brasileiro e foi vencido pelo Internacional, conquistando assim o seu terceiro título de campeão brasileiro.[1] Liderado por Falcão, o Colorado eliminou o Palmeiras na semifinal e bateu o Vasco da Gama, em pleno Maracanã, pelo placar de 2–0, ampliando a vantagem pelo placar de 2–1 no Beira-Rio. Com 16 vitórias, 7 empates e nenhuma derrota, o Internacional sagrou-se campeão de forma invicta, tornando o sexto e último clube brasileiro a alcançar tal façanha, pois o feito não foi igualado até os dias atuais.
Foi o último campeonato organizado pela CBD, entidade controlada pelo governo e que, por determinação da FIFA, uma semana após o início do certame desmembrou-se em Confederação Brasileira de Futebol e outras entidades, dedicadas aos demais esportes.
Neste ano, o maior inchaço de clubes promovido pela ditadura militar, numa tentativa de busca de apoio regional, incluindo clubes sem expressão de estados que costumeiramente não eram valorizados pela CBD, transformou o campeonato em uma única divisão contando com 94 clubes. A edição foi o ponto máximo da prática sintetizada no dito popular: "Onde a ARENA vai mal, mais um time no Nacional. Onde vai bem, outro também".[2] O Mato Grosso do Sul, emancipado de Mato Grosso em 1977 e elevado à condição de Estado da Federação no início de 1979, foi representado pela primeira vez de forma independente. Em 1982 estourou o escândalo da Máfia da Loteria Esportiva. Segundo o delegado João Ricardo Louzada, haveria provas concretas de jogos arranjados entre 1979 e 1982.[3]
De acordo com o regulamento inicial, os clubes de São Paulo e Rio de Janeiro, que disputariam um Torneio Rio–São Paulo (não realizado), entrariam somente na segunda fase do campeonato. Mas os grandes clubes de São Paulo, em razão da falta de datas, pleiteavam participar apenas da terceira fase, como o campeão e o vice da edição anterior (Guarani e Palmeiras). Como o pleito não foi atendido, Corinthians, Portuguesa, Santos e São Paulo, em protesto, boicotaram o campeonato.[4]