Cancro da mama Câncer de mama | |
---|---|
Mamografia de uma mama normal (esquerda) e de uma mama com cancro (direita, setas brancas). | |
Especialidade | Oncologia |
Sintomas | Nódulo numa mama, alterações na forma da mama, retração da pele, líquido no mamilo, pele vermelha e escamosa[1] |
Fatores de risco | Sexo feminino, obesidade, falta de exercício, consumo de álcool, terapia de substituição hormonal durante a menopausa, radiação ionizante, menarca em idade precoce, ter tido filhos tarde ou não ter tido filhos, idade avançada, antecedentes familiares, síndrome de Klinefelter[1][2][3] |
Método de diagnóstico | Biópsia[1] |
Tratamento | Cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia hormonal, terapia dirigida[1] |
Prognóstico | Taxa de sobrevivência a 5 anos: ~85% (EUA, Reino Unido)[4][5] |
Frequência | 2,1 milhões (2015)[6] |
Mortes | 533 600 (2015)[7] |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | C50 |
CID-9 | 174-175 |
CID-11 | 1047754165 |
OMIM | 114480 |
DiseasesDB | 1598 |
MedlinePlus | 000913 |
eMedicine | med/2808 |
MeSH | D001943 |
Leia o aviso médico |
Cancro da mama (português europeu) ou câncer de mama (português brasileiro) ou carcinoma da mama é o cancro que se desenvolve no tecido mamário.[8] Entre os sinais de cancro da mama estão o aparecimento de um nódulo na mama ou perto da mama na zona da axila; alterações na forma ou na aparência da mama, como retração do mamilo, pele da mama ou aréola, mamilo com aparência escamosa, vermelha, inchada ou com saliências e reentrâncias; ou ainda sensibilidade no mamilo e secreção ou perda de líquido pelo mamilo. Em pessoas com a doença disseminada, pode também verificar-se dor óssea, gânglios linfáticos inchados, falta de ar e icterícia.[9]
Entre os fatores de risco para o desenvolvimento de cancro da mama estão o sexo feminino, a idade, obesidade, falta de exercício físico, o consumo de álcool, a terapia de reposição hormonal durante a menopausa, radiação ionizante, idade precoce da primeira menstruação, ter filhos em idade tardia ou não ter tido filhos.[1][2] Entre 5 e 10% dos casos são causados por genes herdados dos pais da pessoa, entre os quais o BRCA1 e o BRCA2. O cancro da mama geralmente desenvolve-se nas células do revestimento dos canais mamários e dos lóbulos onde é produzido o leite. Os cancros que se desenvolvem nos canais são denominados carcinomas ductais, enquanto que os que se desenvolvem nos lóbulos são denominados carcinomas lobulares.[1] Existem ainda mais 18 sub-tipos de cancro da mama. Alguns cancros desenvolvem-se a partir de condições pré-malignas como o carcinoma ductal in situ.[2] O diagnóstico de cancro da mama é confirmado através de uma biópsia do nódulo em questão. Uma vez realizado o diagnóstico, são realizados mais exames para determinar se o cancro se disseminou para além da mama e a que tratamentos pode responder.[1]
A ponderação entre as vantagens e desvantagens do rastreio do cancro da mama ainda é um tópico controverso. Uma revisão de 2013 da Cochrane afirmou que não é claro que o rastreio mamográfico tenha mais benefícios ou malefícios.[10] Outra revisão de 2009 por um grupo de trabalho dos EUA (US Preventive Services Task Force) encontrou evidências de benefícios em pessoas com 40 a 70 anos de idade,[11] tendo recomendado o rastreio a cada dois anos para as mulheres entre os 50 e 74 anos de idade.[12]
Como medida de prevenção, em pessoas com risco elevado de desenvolver cancro da mama, podem ser usados os fármacos tamoxifeno e raloxifeno. Outra medida de preventiva em mulheres com risco agravado é a remoção cirúrgica de ambas as mamas.[2] Em pessoas a quem foi diagnosticado cancro, estão disponíveis uma série de tratamentos, incluindo cirurgia, radioterapia, terapia hormonal e terapia direcionada.[1] Dependendo do tipo de intervenção necessário, a cirurgia pode conservar a mama (p.e. quadrantectomia) ou ser realizada uma mastectomia. A reconstrução de mama pode ter lugar durante a cirurgia ou numa data posterior. Nas pessoas em que o cancro já se disseminou para outras partes do corpo, os tratamentos destinam-se sobretudo a prolongar a vida, melhorar o conforto e a qualidade de vida.[13]
O prognóstico para o cancro da mama varia em função do tipo de cancro, extensão da doença e idade da pessoa.[13] A taxa de sobrevivência em países desenvolvidos é elevada,[14] sendo mais reduzida nos países em vias de desenvolvimento.[2] Quando se considera todo o mundo, o cancro da mama é a causa mais comum de cancro em mulheres, correspondendo a 25% de todos os casos.[15] Em 2012 foi responsável por 1,68 milhão de casos e 522 000 mortes.[15] É mais comum em países desenvolvidos[2] e é mais de 100 vezes mais comum em mulheres do que em homens.[14][16]
<ref>
inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome NCI2014Pt