Cantiga de roda

 Nota: Para para o álbum da banda Raimundos, veja Cantigas de Roda (álbum).
Crianças europeias dançam uma cantiga por volta de 1820, ao estilo estético-cultural ocidental à época.

Cantigas de roda (também conhecidas como cirandas ou brincadeiras de roda) são brincadeiras infantis,[1][2] mas que caem no gosto dos adultos também. As crianças formam uma roda de mãos dadas e cantam melodias folclóricas, podendo executar ou não coreografias acerca da letra da música.[2] De origem lusitana[3][4][5][6], são uma grande expressão folclórica, e acredita-se que pode ter origem em músicas modificadas de um autor popular.[1][2] São melodias com letras simples, geralmente alegres e divertidas. O compasso mais utilizado é o binário, porém raramente o ternário e o quaternário. Entre as cantigas de roda mais conhecidas estão: Roda pião, Escravos de Jó, Rosa juvenil, Sapo Cururu, O cravo e a rosa, Ciranda-Cirandinha e Atirei o pau no gato, A Dona Aranha, entre outras.[1]

As Cantigas de Roda são um tipo de canção popular relacionadas às brincadeiras de roda.[2] Nesse sentido carregam uma melodia de ritmo claro e rápido, favorecendo a imediata assimilação.[2] Estão incluídas nas tradições orais em inúmeras culturas. No Brasil fazem parte do folclore, que incorpora elementos das culturas predominantemente portugueses[1][3][5], seguidos pela espanhola, européia, africana, indígena e francesa.

Dança infantil, de roda, vulgaríssima no Brasil e vinda de Portugal, onde é bailado de adultos. [...] Música e letra são em maior porcentagem, portuguesas, e uma das rondas permanentes, na literatura oral brasileira, atestando a velha observação de que as cantigas infantis são as mais difíceis de renovação por que as crianças permanecem conservadoras, repetindo as fases de cultura peculiares a esse ciclo cronológico (CASCUDO, 2012, p. 208).

Elas também podem ser chamadas de cirandas, e têm caráter folclórico.[2] Esta prática, hoje em dia não tão presente na realidade infantil como antigamente devido às tecnologias existentes, é geralmente usada para entretenimento de crianças de todas as idades em locais como colégios, creches, parques, etc.[1]

Há algumas características que elas têm em comum, como por exemplo a letra.[1] Além de ser uma letra simples de memorizar, é recheada de rimas, repetições e trocadilhos, o que faz da música uma brincadeira.[1]

Na matriz cultural brasileira têm uma característica interessante, que é a autoria coletiva ou anônima, pelo fato de serem passadas de geração em geração. Atreladas ao ato de brincar, consistem em formar um grupo com várias crianças ou adultos, dar as mãos e cantar uma música com características, melodia e ritmo próprio, letras de fácil compreensão, temas referentes à realidade da criança ou ao seu imaginário, e geralmente com coreografias.

As cantigas de roda conhecidas no Brasil, são de extrema importância e fazem parte da cultura nacional.[1] Pode contribuir para o aprendizado das crianças, elas fazem parte do cotidiano das pessoas, nas festas típicas, brincadeiras, crenças.[1]

  1. a b c d e f g h i «Cantigas de Roda». InfoEscola. Consultado em 29 de fevereiro de 2020 
  2. a b c d e f «Nursery Rhymes - Childhood Studies». Oxford Bibliographies (em inglês). Consultado em 29 de fevereiro de 2020 
  3. a b CASCUDO, Luís da Câmara (2012). Dicionário do folclore brasileiro. São Paulo: Editora Global. 156 páginas. ISBN 978-85-260-1507-4 
  4. DE SOUZA, Ana Síria Carneiro (2012). «Cantigas de roda: em busca de vestígios culturais» (PDF). Universidade Federal do Amazonas. Relatórios finais de Iniciação Científica - Ciências Humanas: 23, 24, 29 e 33. Consultado em 29 de Julho de 2024 
  5. a b GOMES, Vinicius Ferreira (Outubro de 2022). «Cirandas da Memória: Cantigas de roda e memória coletiva nas aulas de História do Ensino Fundamental II - Escola Municipal Iêda Alves de Oliveira» (PDF). Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia– UESB. Bibliotecária UESB – Campus Vitória da Conquista-BA: 18, 20, 21, 36, 46. Consultado em 29 de Julho de 2024  line feed character character in |título= at position 33 (ajuda)
  6. de Araújo, Ana Paula. «Cantigas de Roda». BRASIL ESCOLA. Consultado em 29 de Julho de 2024 

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