Carcinoma ductal in situ

Carcinoma ductal in situ
Carcinoma ductal in situ
Imagem histopatológica de carcinoma ductal in situ da mama.
Especialidade oncologia
Classificação e recursos externos
CID-10 D05.1
MeSH D002285
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Carcinoma ductal in situ (CDIS), também denominado carcinoma intraductal, é uma lesão cancerosa pré-maligna ou não invasiva da mama.[1][2] O CDIS é classificado como estágio 0.[3] Raramente produz sintomas ou nódulos que se possam sentir durante a palpação, sendo geralmente detectado através de mamografia.[4][5]

O CDIS corresponde à presença de células anormais no revestimento de um ou mais ductos lactíferos na mama. In situ significa "no local" e refere-se ao facto de as células anormais não se terem expandido para além do ducto mamário para um dos tecidos mamários envolventes. "Pré-maligno" refere-se ao facto de não se ter ainda tornado um cancro invasivo. Em alguns casos, o CDIS pode-se tornar invasivo e espalhar para outros tecidos, mas não é possível distinguir quais as lesões que permanecem estáveis sem tratamento e quais é que se tornam invasivas. O CDIS engloba um amplo espectro de doenças, desde tumores de baixo grau que não apresentam risco de vida, até lesões de alto grau e agressivas que colocam a vida em risco.

O CDIS é classificado de acordo com o padrão estrutural das células (micropapilares, papilares, sólidos e cribiformes), grau do tumor (alto, intermédio e baixo) e presença ou ausência de histologia de comedo.[6] O CDIS pode ser detectado em mamografias ao examinar pequenas manchas de cálcio denominadas microcalcificações. Como é possível existirem grupos suspeitos de microcalcificações mesmo na ausência de CDIS, em alguns casos pode ser necessário realizar biópsia para concluir um diagnóstico.

Cerca de 20 a 30% dos CDIS que não recebem tratamento evoluem para cancro da mama.[7] O CDIS é o tipo mais comum de pré-cancro em mulheres. Não existe ainda um consenso se, para efeitos de estatística, o CDIS deve ser considerado cancro. Algumas publicações incluem o CDIS quando contabilizam os casos de cancro da mama, enquanto outras não.[8][9]

  1. Sinn, HP; Kreipe, H (maio de 2013). «A Brief Overview of the WHO Classification of Breast Tumors, 4th Edition, Focusing on Issues and Updates from the 3rd Edition.». Breast care (Basel, Switzerland). 8 (2): 149–154. PMID 24415964. doi:10.1159/000350774 
  2. Seltzer, William H. Hindle, editor ; with a foreword by Vicki (1999). Breast care: a clinical guidebook for women's primary health care providers. New York: Springer. p. 129. ISBN 9780387983486 
  3. Staging, Breastcancer.org
  4. Welch HG, Woloshin S, Schwartz LM (fevereiro de 2008). «The sea of uncertainty surrounding ductal carcinoma in situ--the price of screening mammography». J. Natl. Cancer Inst. 100 (4): 228–9. PMID 18270336. doi:10.1093/jnci/djn013 
  5. Liberman, Laura (2005). Breast MRI. New York: Springer Science+Business Media, Inc. p. 164. ISBN 9780387219974 
  6. Virnig BA, Shamliyan T, Tuttle TM, Kane RL, Wilt TJ (setembro de 2009). «Diagnosis and management of ductal carcinoma in situ (DCIS)». Evidence Report/Technology Assessment. AHRQ Publication No.09-E018. (185): 1–549. PMID 20629475 
  7. Raphael Rubin; David S. Strayer, eds. (2008). Rubin's Pathology: clinicopathologic foundations of medicine 5. ed. Philadelphia [u.a.]: Wolters Kluwer/Lippincott Williams & Wilkins. p. 848. ISBN 9780781795166 
  8. «Breast Cancer Treatment (PDQ®)». NCI. 11 de abril de 2014. Consultado em 19 de junho de 2014 
  9. «Breast Cancer Treatment (PDQ®)». NCI. Consultado em 19 de junho de 2014 

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