Carnotauro

Carnotauro
Intervalo temporal: Cretáceo Superior
71–69 Ma
Classificação científica edit
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Clado: Dinosauria
Clado: Saurischia
Clado: Theropoda
Família: Abelisauridae
Clado: Furileusauria
Tribo: Carnotaurini
Gênero: Carnotaurus
Bonaparte, 1985
Espécies:
C. sastrei
Nome binomial
Carnotaurus sastrei
Bonaparte, 1985

Carnotaurus ((do latim "touro carnívoro", em português Carnotauro)[1] é um gênero de dinossauro carnívoro e bípede que viveu durante o período Cretáceo, principalmente na região onde hoje se situa a América do Sul. Sua espécie-tipo é denominada Carnotaurus sastrei.[2] Conhecido a partir de um único esqueleto bem preservado, é um dos terópodes mais bem compreendidos do Hemisfério Sul. Seu esqueleto, encontrado em 1984, foi descoberto na província de Chubut, na Argentina, a partir de rochas da Formação La Colônia. O Carnotauro é um membro derivado dos Abelisauridae, um grupo de grandes terópodes que ocuparam o grande nicho predatório nas massas de terra do sul de Gondwana durante o final do Cretáceo. Dentro dos Abelisauridae, o gênero é frequentemente considerado um membro do Brachyrostra, um clado de formas de focinho curto restrito à América do Sul.

O carnotauro foi um terópode mediano, atingindo em torno de 7 metros de comprimento e podia alcançar até 3 metros de altura. Existe muita discussão sobre esse animal. Inicialmente, possuía patas anteriores extremamente curtas, sendo praticamente vestigiais. Por outro lado, as patas traseiras eram longas e o estudo da musculatura a partir dos vestígios dos músculos caudofemorais, indicava um animal adaptado para corrida, com estudos indicando a possibilidade de alcançar velocidades de até 55 km por hora. Além disso, possuía mandíbulas curtas e um crânio alto, podendo indicar uma mordida rápida, porém não muito possante. Isso, aliado a alta velocidade, poderia indicar um predador de animais menores, especialista em presas velozes. Isso ainda seria corroborado por ter sido encontrado em conjunto com seus fósseis diversos pequenos animais como cobras, tartarugas e mamíferos. Outra teoria, entretanto, indicava que este animal poderia predar saurópodes como Chubutisaurus, de cerca de 20 metros de comprimento. É possível que o Carnotaurus atacasse esses grandes animais, quando jovens ou doentes.

Várias características do Carnotauro chamam atenção dos cientistas. Embora fosse carnívoro, foi observado nele uma característica comum em herbívoros, a presença de pequenos chifres, cuja função é bastante especulada. Alguns paleontólogos defendem que eram usados em lutas com indivíduos da mesma espécie, já que são pequenos demais para terem sido usados na caça. Outros teorizam que os chifres poderiam ser apenas uma característica de identificação entre os indivíduos da mesma espécie.[3] Outras características impressionantes eram os pequenos olhos apontados para frente e os ossos da coluna com projeções em forma de asa. O focinho maciço sugere órgãos olfativos grandes e olfato apurado. Em comparação com outros grandes terópodes, o Carnotaurus possuía características pouco comuns.

  1. «Paleontólogos reconstituem carnotauro com pele encontrada na Patagônia». Galileu. 10 de setembro de 2021. Consultado em 22 de março de 2022 
  2. Paul C. Sereno, P. C., Wilson J. A. & Conrad J. L. (2004).New dinosaurs link southern landmasses in the Mid-Cretaceous; Proc. R. Soc. Lond. B
  3. Cerroni, M. A.; Canale, J. I.; Novas, F. E. (2020). «The skull of Carnotaurus sastrei Bonaparte 1985 revisited: insights from craniofacial bones, palate and lower jaw». Historical Biology: 1–42. doi:10.1080/08912963.2020.1802445 

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