Arma da Cavalaria | |
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Distintivo | |
País | Brasil |
Corporação | Exército |
Aniversários | 10 de maio |
Patrono | Manuel Luís Osório |
Cores | Branco Vermelho[1] |
A cavalaria do Brasil é uma das armas que compõem seu Exército. Opera em veículos blindados e tal como a infantaria, confronta diretamente o inimigo, porém, com missões distintas tal como o reconhecimento e a vanguarda. É organizada em regimentos e esquadrões, equivalentes aos batalhões e companhias da infantaria. Seus principais tipos são os de carros de combate (Leopard 1 e M60), mecanizados (com veículos sobre rodas — EE-9 Cascavel, EE-11 Urutu e VBTP-MR Guarani), blindados (com veículos sobre lagartas — carros de combate e M-113) e de guarda (a cavalo). Seu efetivo serve nas tripulações dos veículos ou como fuzileiros embarcados, que podem também combater a pé.
O Brasil tem a cavalaria hipomóvel, isto é, a cavalo, desde o período colonial, destacando-se no Sul. Ela teve diversas formas e origens, como a elite social nas Milícias e Ordenanças, o Regimento Regular de Cavalaria de Minas, de caráter policial, as milícias de peões na fronteira gaúcha e os Lanceiros Guaranis e Alemães. Oficiais gaúchos preferiam a Arma no Brasil Império e na Escola Militar do Realengo (1912–1945), entre eles o patrono Manuel Luís Osório (1808–1879), que se destacou durante a Guerra do Paraguai. A manutenção dos cavalos era dificultada em campanha por deficiências materiais.
Os cavalos tornaram-se obsoletos nas guerras mundiais do século XX, sendo substituídos nos países industrializados por forças motorizadas, mecanizadas e blindadas. No Brasil o processo foi demorado, e tradicionalistas argumentavam que a economia e infraestrutura nacionais eram insuficientes para sustentar a mecanização total. Nos anos 50 e 60 as forças mecanizadas conviveram com as hipomóveis. Somente nas reformas dos anos 70 a indústria bélica era desenvolvida o suficiente para aposentar os cavalos. Como em alguns outros países, a mudança não extinguiu a arma: as capacidades e missões dos blindados são semelhantes às dos equinos, enquanto as tradições dos cavalarianos permanecem em parte herdadas do uso do cavalo. Desde então seu nível tecnológico depende da aquisição de novas gerações de veículos. Como nos países vizinhos, eles não são de última geração.
A maioria desses corpos estão agrupados em cinco brigadas, quatro no Sul do país e uma no Centro-Oeste. As brigadas de infantaria também contam com algumas forças de cavalaria, incluindo esquadrões especializados — paraquedista, aeromóvel e de selva. A organização à base de divisões vigorou da reforma de 1921 até ao redor dos anos 70, quando deu lugar às atuais brigadas, cada qual contando, além da cavalaria, com forças de artilharia, engenharia e logística. Quatro brigadas de cavalaria são mecanizadas, com regimentos mecanizados e blindados, e uma é blindada, com regimentos de carros de combate e batalhões de infantaria blindada.