Cerrado | |
Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás. | |
Bioma | Savana, floresta estacional, campo |
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Área | 2 045 064 km² |
Países | Brasil, Bolívia e Paraguai |
Parte da | América do Sul |
Mapa da área do Cerrado conforme delineado pela World Wide Fund for Nature.
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Cerrado é um bioma brasileiro, caracterizada especialmente pelo bioma (na acepção internacional) savana, mas também por floresta estacional e campo.[nota 1] A palavra "cerrado" pode ser usada em três sentidos (sendo que o presente artigo adota o segundo).[1][2][3][4][p.53-55] Em primeiro, a "fisionomia do cerrado sensu stricto" é uma das fisionomias do bioma savana, e parte da província florística cerrado sensu lato.
Em segundo, a "província do cerrado sensu lato" é uma província florística ou fitogeográfica (também chamada tipo vegetacional ou fitocório, que é um conceito florístico, que leva em conta a composição dos grupos taxonômicos das plantas de uma comunidade, (isto é, a flora) e biogeográfica (ao se incluir também a fauna). Corresponde à província Oreades de Martius. É composto por três biomas (que é um conceito fisionômico-funcional, e que apesar de englobar tanto as plantas quanto os animais e microrganismos de uma comunidade, na prática, se define pelo clima e pela fisionomia ou aparência geral das plantas da comunidade, isto é, pelo "tipo de formação vegetacional" - não confundir com o conceito florístico de "tipo vegetacional" - embora certos autores usem esta expressão para se referir a fisionomias)[5] e seis fisionomias (subtipos de bioma ou de formação vegetacional): o bioma campo tropical (fisionomia campo limpo), o bioma savana (fisionomias campo sujo, campo cerrado e cerrado sensu stricto) e o bioma floresta estacional (fisionomia cerradão).
Em terceiro, o "domínio do cerrado" se refere a um domínio morfoclimático e fitogeográfico (área do espaço geográfico, com dimensões subcontinentais, em que predominam características morfoclimáticas - de clima e relevo - semelhantes, além de uma província florística (tipo vegetacional) predominante, podendo, entretanto, conter vários tipos de formações (como a floresta ripícola, o campo rupícola, o Cerradão, a floresta estacional decídua, o campo úmido, a mata ciliar, mata de galeria, mata seca, palmeiral, vereda e campo rupestre), algumas pertencentes a outras províncias florísticas (como a Mata Atlântica).
A grafia varia entre os autores: alguns propõem que apenas o terceiro sentido seja usado com inicial maiúscula, outros sugerem o mesmo para o segundo sentido, e alguns usam os três conceitos com iniciais minúsculas. Pode-se observar, então, que embora o cerrado sensu lato e o domínio do cerrado sejam comumente referidos, até mesmo em certos documentos oficiais do IBGE[6] ou da Embrapa, como um bioma (que é definido na literatura internacional a partir de características fisionômicas e ambientais, independentemente da composição taxonômica da comunidade), de acordo com o uso internacional do conceito de bioma, o correto é dizer que o cerrado (seja a província florística ou o domínio morfoclimático) contém biomas, e não que é um bioma.
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