Chapada Diamantina

Chapada Diamantina
chapada
Trilhas Rio entre paredões Turismo na natureza
Pico do Itobira Quilombolas de Rio de Contas Cachoeira do Buracâo
Pico da Serra das Almas Igreja de Pedra
Morrão
Gruta da Pratinha Arte rupestre Cachoeira da Fumacinha
Panorama da "Chapada Velha"
Pantanal de Marimbus Lençóis Rio Brumado
Bahia Amostras da vastidão da Chapada Diamantina Bahia
País Brasil
Cidades Abaíra • Andaraí • Barra da Estiva • Barra do Mendes • Boninal • Bonito • Brotas de Macaúbas • Érico Cardoso • Ibicoara • Ibitiara • Iramaia • Iraquara • Itaetê • Jacobina • Jussiape • Lençóis • Marcionílio Souza • Morro do Chapéu • Mucugê • Nova Redenção • Novo Horizonte • Palmeiras • Paramirim • Piatã • Rio de Contas • Rio do Pires • Ruy Barbosa • Seabra • Souto Soares • Tapiramutá • Utinga • Wagner[nota 1]
Mapa
Localização da Chapada Diamantina na Bahia
Coordenadas 12° 52′ 49″ S, 41° 22′ 20″ O

A Chapada Diamantina é uma região de serras, situada no centro do estado brasileiro da Bahia, parte de uma vasta cordilheira conhecida por Cadeia do Espinhaço[nota 2] "(...) é um extenso planalto (38 000 km²), que corresponde a 15% do Estado da Bahia"[2][nota 3] Nela nascem quase todos os rios das bacias do Paraguaçu, do Jacuípe e do Rio de Contas. Ali estão as maiores altitudes da Região Nordeste do Brasil: o Pico do Barbado, com 2 033 metros, Pico do Itobira e o Pico das Almas.[3][4] A formação geográfica faz parte do conjunto de serras e planaltos do Leste e do Sudeste do relevo brasileiro e constitui-se como prolongamento da Serra do Espinhaço, portanto, é um escudo cristalino formado no Pré-Cambriano.[5][6] Em suas variadas paisagens, com ecossistemas que incluem a caatinga, cerrado, campos rupestres e até ilhas de mata atlântica, existem diversas áreas de proteção ambiental nas três esferas administrativas - federal, estadual e municipal, tais como o Parque Nacional da Chapada Diamantina, o Parque Estadual do Morro do Chapéu ou a Área de Proteção Ambiental Marimbus-Iraquara.

A vegetação é exuberante, composta de espécies da caatinga semiárida e da flora serrana, com destaque para as bromélias, orquídeas e sempre-vivas. Sua população total estimada em 2014 era de 395 620 habitantes. Sendo Seabra, Morro do Chapéu e Iraquara as três cidades mais populosas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).[7][8][9] "A Chapada Diamantina é uma vasta extensão de terras com características geográficas, sociais, econômicas, culturais e dialetais diferenciadas do restante do estado da Bahia. Como descreve Seabra (2017, p. 9) “[...] desponta como um conjunto de terras elevadas que parte do coração da Bahia até alcançar o norte de Minas Gerais. Na Bahia, a região montanhosa se estende por 41.994 km2 [...]”, o equivalente, por sua extensão territorial, a muitos países da Europa." (citado na obra: "O país do garimpo e sua sócio-história").[10]

A partir de 2015 o governo do estado efetuou a subdivisão administrativa do território baiano em vários "Territórios de Identidade" (TI) dando a um deles o nome de Território de Identidade Chapada Diamantina e integrado por vinte e quatro dos municípios localizados na região central; além dela há o TI do Piemonte da Chapada Diamantina. Paralelamente a esta divisão existe ainda, independente daquela, a divisão do território em treze "zonas turísticas", sendo a Zona Turística da Chapada Diamantina uma delas.

A região apresenta características históricas e culturais peculiares, com repercussão no vocabulário, manifestações religiosas e sociais próprias. Ali nasceram alguns expoentes nacionais como Milton Santos, Abílio César Borges, Afrânio Peixoto, Moraes Moreira, entre outros. Nos últimos anos a Chapada vem produzindo alguns dos melhores cafés brasileiros, e sua economia vem se diversificando além do turismo.


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  1. Maíra Cristina de Oliveira Lima (2019). «Áreas de proteção ambiental municipais do Mosaico do Espinhaço: territórios protegidos?». UFMG. Consultado em 27 de dezembro de 2022. Cópia arquivada em 27 de dezembro de 2022 
  2. Flávia de Barros Prado Moura; José Geraldo Wanderley Marques; Eliane Maria de Souza Nogueira (2008). «"Peixe sabido, que enxerga de longe": Conhecimento ictiológico tradicional na Chapada Diamantina, Bahia» (PDF). Biotemas, nº 21 (vol. 3): 115-123. Consultado em 23 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 23 de janeiro de 2023 
  3. «Aventuras ECO: Pico do Barbado/Itobira». www.aventuraseco.com.br. Consultado em 8 de agosto de 2016. Cópia arquivada em 22 de agosto de 2016 
  4. «Incêndio atinge área da Bahia com pico mais alto do nordeste do país». G1. 21 de setembro de 2012. Consultado em 8 de agosto de 2016. Cópia arquivada em 7 de janeiro de 2023 
  5. Aristotelina Pereira Barreto Rocha.; et al. (2010). Geografia do Nordeste (PDF) 2. ed. ed. Natal: EDUFRN. ISBN 9788572738309. Consultado em 8 de agosto de 2016. Cópia arquivada (PDF) em 23 de dezembro de 2017 
  6. Letícia Couto Bicalho. Geografia. Juiz de Fora: 2014, UFJF. Disponível em: http://www.ufjf.br/cursinho/files/2014/05/Apostila.Geo_.Fisica.pdf Arquivado em 17 de janeiro de 2016, no Wayback Machine.. Acesso em 8 de agosto de 2016.
  7. IBGE (ed.). «Seabra». Consultado em 1 de abril de 2015 
  8. IBGE (ed.). «Morro do Chapéu». Consultado em 1 de abril de 2015 
  9. IBGE (ed.). «Iraquara». Consultado em 1 de abril de 2015 
  10. Antônio Marcos de Almeida Ribeiro (2021). «O léxico dos garimpeiros da Chapada Diamantina na obra 'Cascalho' de Herberto Sales». Revista Garimpus, 23 (Uneb). Consultado em 24 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 24 de janeiro de 2023 

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