Charles Manson | |
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Charles Manson em 1968 | |
Nome | Charles Milles Manson |
Data de nascimento | 12 de novembro de 1934 |
Local de nascimento | Cincinnati, Ohio Estados Unidos |
Data de morte | 19 de novembro de 2017 (83 anos) |
Local de morte | Bakersfield, Califórnia Estados Unidos |
Nacionalidade(s) | norte-americano |
Crime(s) | Assassinatos (Tate-LaBianca e Gary Hinman); conspiração, roubo, estupro e tráfico |
Pena | Morte comutada para prisão perpétua |
Situação | Falecido |
Progenitores | Mãe: Kathleen Maddox Pai: Walker Scott |
Esposa(s) | Rosalie Willis (c. 1955; div. 1958) Leona Stevens (c. 1959; div. 1963) |
Filho(s) | 3 |
Afiliação(ões) | Família Manson |
Charles Milles Manson, nascido Charles Milles Maddox (Cincinnati, 12 de novembro de 1934 — Bakersfield, 19 de novembro de 2017) foi um criminoso estadunidense. Em meados de 1967, ele formou e liderou o que ficou conhecido como "Família Manson", uma seita que atuava na Califórnia. Seus seguidores cometeram uma série de nove assassinatos em quatro locais em julho e agosto de 1969. De acordo com o promotor do condado de Los Angeles, Manson planejou iniciar uma "guerra racial", embora ele e outros contestassem esse motivo.[1] Em 1971, ele foi condenado por assassinato em primeiro grau e conspiração para cometer assassinato pela morte de sete pessoas. A promotoria admitiu que Manson nunca ordenou literalmente os assassinatos, mas eles argumentaram que sua ideologia constituía um ato público de conspiração.[2] Manson também foi condenado por assassinato em primeiro grau pelas mortes de Gary Hinman e Donald Shea.
Manson era um ex-presidiário desempregado que havia passado mais da metade de sua vida em instituições correcionais na época em que começou a reunir seus seguidores. Antes dos assassinatos, ele era um cantor e compositor à margem da indústria da música de Los Angeles, principalmente por meio de uma associação casual com Dennis Wilson, dos The Beach Boys. Em 1968, os Beach Boys gravaram a música "Cease to Exist", de autoria de Manson, reintitulada "Never Learn Not to Love" como o lado B em um de seus singles, mas sem dar crédito para Manson.
O procurador do distrito de Los Angeles disse que Manson era obcecado por The Beatles, particularmente pelo "White Album" de 1968. Ele alegou ter sido guiado por sua interpretação das letras dos Beatles e adotou o termo "Helter Skelter" para descrever uma iminente guerra racial apocalíptica. No julgamento, a promotoria alegou que Manson e seus seguidores acreditavam que os assassinatos ajudariam a precipitar tal guerra. Outras entrevistas contemporâneas e aqueles que testemunharam durante a fase de penalidade do julgamento de Manson insistiram que os assassinatos de Tate-LaBianca eram crimes copiados destinados a exonerar o amigo de Manson, Bobby Beausoleil.[3][4]
Desde o início da notoriedade de Manson, uma cultura pop surgiu ao seu redor e ele se tornou um emblema de insanidade, violência e do macabro. Gravações foram lançadas comercialmente a partir de músicas escritas e interpretadas por Manson, como Lie: The Love and Terror Cult (1970). Vários músicos interpretaram algumas de suas músicas. Manson foi originalmente condenado à morte, mas sua sentença foi comutada com a possibilidade de liberdade condicional após a Suprema Corte da Califórnia invalidar o estatuto da pena de morte do estado em 1972. Ele cumpriu sua sentença de prisão perpétua na Prisão Estadual da Califórnia, em Corcoran, e morreu aos 83 anos de idade, em 2017.