Ciberfeminismo

Ciberfeminismo é usado para descrever as filosofias de uma comunidade feminista contemporânea cujos interesses são o ciberespaço, a Internet e a tecnologia.[1][2] O termo foi cunhado na década de 1990 para descrever o trabalho de feministas interessadas na teorização, crítica e exploração do internet, o ciberespaço e novas tecnologias de mídia em geral.[2] O termo foi cunhado simultaneamente pela teórica cultural britânica Sadie Plant e pelo coletivo artístico australiano VNS Matrix em 1991, durante a ascensão da cibercultura— o momento crucial em que a internet, uma tecnologia de conexão, estava adentrando a esfera pública.[3][4]

O Ciberfeminismo é considerado um predecessor para o feminismo em rede e também tem uma relação com o campo da Tecnociência Feminista.[5][6]

A perspectiva ciberfeminista dominante tem uma visão utópica do ciberespaço e a Internet como um meio de se libertar das construções sociais como gênero e a diferença sexual. O Ciberfeminismo vê tecnologia como um veículo para a dissolução do sexo e do gênero, bem como um meio para ligar o corpo às máquinas.[1]

  1. a b Wajcman, Judy (maio de 2006). «TechnoCapitalism Meets TechnoFeminism: Women and Technology in a Wireless World». Labor and Industry. 16 (3): 12. doi:10.1080/10301763.2006.10669327 
  2. a b Consalvo, Mia (2003). «Cyberfeminism». The Encyclopedia of New Media. [S.l.: s.n.] p. 1987. ISBN 978-0-7619-2382-4 
  3. Claire L. Evans (1 de dezembro de 2014). «'Nós Somos a Buceta do Futuro': CiberFeminismo nos Anos 90». Motherboard. Consultado em 2 de janeiro de 2016 
  4. Sarah Kember (2003). Cyberfeminism and Artificial Life. Routledge. p. 177. ISBN 978-1-134-55192-7.
  5. Haraway, Donna. «A Cyborg Manifesto Science, Technology, and Socialist-Feminism in the Late Twentieth Century». imians, Cyborgs and Women: The Reinvention of Nature. Consultado em 2 de janeiro de 2016 
  6. González-Véliz, Constanza; Campo, Susana de Andrés del (29 de novembro de 2023). «Comunes digitales, ciberfeminismo y ciencia abierta: estrategias para la igualdad de género en el entorno digital». Hipertext.net (em espanhol) (27): 67–79. ISSN 1695-5498. doi:10.31009/hipertext.net.2023.i27.07. Consultado em 17 de dezembro de 2023 

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