Cingulata

Cingulata (tatus)
Intervalo temporal: 58,7–0 Ma
Fim do Paleoceno – Recente (Holoceno)
Glyptodon (Museu de História Natural de Viena) e Dasypus novemcinctus
Classificação científica e
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Superordem: Xenartros
Ordem: Cingulata
Illiger, 1811
Famílias

Chlamyphoridae
Dasypodidae
Glyptodontidae
Pampatheriidae
† Peltephilidae
† Palaeopeltidae
† Protobradidae

Cingulata (cingulados: mais conhecidos por tatus ou, por vezes, o hispanismo armadillo, que significa "armadinhos" em espanhol) é uma ordem de mamíferos placentários do Novo Mundo. Chlamyphoridae e Dasypodidae são as únicas famílias sobreviventes dessa ordem, que faz parte da superordem Xenarthra, juntamente com os pilosos (tamanduás e as preguiças).[1] Todas as espécies são nativas das Américas, onde habitam uma variedade de ambientes diferentes.

A ordem cingulada originou-se na América do Sul durante a época do Paleoceno, há cerca de 66 a 56 milhões de anos, e, devido ao antigo isolamento do continente, permaneceu confinada a ele durante a maior parte do Cenozoico. No entanto, a formação de uma ponte terrestre permitiu que os membros das três famílias migrassem para o sul da América do Norte durante o Plioceno[2] ou no início do Pleistoceno[3] como parte do Grande Intercâmbio Americano. Depois de sobreviverem por dezenas de milhões de anos, todos os Pampateriídeos e os gliptodontes gigantes aparentemente morreram durante o evento de extinção do Quaternário tardio no início do Holoceno,[4][5] juntamente com grande parte do restante da megafauna regional, logo após a colonização das Américas pelos paleoameríndios.

Os tatus são caracterizados por uma couraça dorsal formada por placas justapostas, geralmente dispostas em fileiras transversais, com cauda comprida, membros curtos e garras longas e afiadas para cavar. Eles têm pernas curtas, mas podem se mover com bastante rapidez. O comprimento médio de um tatu é de cerca de 75 cm, incluindo a cauda. O tatu-canastra cresce até 150 cm e pesa até 54 kg, enquanto o pichiciego-menor tem apenas 13-15 cm de comprimento. Quando ameaçadas por um predador, as espécies de Tolypeutes frequentemente se enrolam em uma bola; elas são as únicas espécies de tatus capazes de fazer isso.

  1. Gardner, A.L. (2005). Wilson, D.E.; Reeder, D.M. (eds.), ed. Mammal Species of the World 3 ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. pp. 94–99. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494 
  2. Mead, J. I.; Swift, S. L.; White, R. S.; McDonald, H. G.; Baez, A. (2007). «Late Pleistocene (Rancholabrean) Glyptodont and Pampathere (Xenarthra, Cingulata) from Sonora, Mexico» (PDF). Revista Mexicana de Ciencias Geológicas. 24 (3): 439–449 (see p. 440). Consultado em 15 de junho de 2013 
  3. Woodburne, M. O. (14 de julho de 2010). «The Great American Biotic Interchange: Dispersals, Tectonics, Climate, Sea Level and Holding Pens». Journal of Mammalian Evolution. 17 (4): 245–264 (see p. 249). ISSN 1064-7554. PMC 2987556Acessível livremente. PMID 21125025. doi:10.1007/s10914-010-9144-8 
  4. Hubbe, A.; Hubbe, M.; Neves, W. A. (março de 2013). «The Brazilian megamastofauna of the Pleistocene/Holocene transition and its relationship with the early human settlement of the continent». Earth-Science Reviews. 118: 1–10 (see pages 3, 6). Bibcode:2013ESRv..118....1H. ISSN 0012-8252. doi:10.1016/j.earscirev.2013.01.003 
  5. Fiedal, Stuart (2009). «Sudden Deaths: The Chronology of Terminal Pleistocene Megafaunal Extinction». In: Haynes, Gary. American Megafaunal Extinctions at the End of the Pleistocene. Col: Vertebrate Paleobiology and Paleoanthropology. [S.l.]: Springer. pp. 21–37 (see p. 31). ISBN 978-1-4020-8792-9. OCLC 313368423. doi:10.1007/978-1-4020-8793-6_2 

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