Complexo militar-industrial (em inglês: Military-industrial complex) é um conceito normalmente usado para se referir ao relacionamento político entre as forças armadas de um governo nacional e a indústria, a fim de obter para o setor privado a aprovação política para pesquisa, desenvolvimento e produção, assim como o apoio para treinos militares, armas, equipamentos e instalações com a defesa nacional e a segurança política.[1] Este é um tipo de triângulo de ferro.
O termo é na maioria das vezes utilizado para se referir aos dos Estados Unidos, onde se popularizou após o seu uso pelo presidente Dwight D. Eisenhower, em seu discurso de despedida, embora o termo seja aplicável a qualquer país com uma infra-estrutura de desenvolvimento similar. Algumas vezes é amplamente usado para incluir toda a rede de contratos, fluxos de dinheiro e recursos tanto entre indivíduos quanto entre instituições com ganhos através de contratos de defesa, do Pentágono e o congresso. Este setor é intimamente propenso aos problemas de risco moral. Casos de corrupção política também são vistos com regularidade. Uma tese similar foi originalmente expressa por Daniel Guérin, em seu livro lançado em 1936: Facism and Big Business, sobre o governo fascista apoiando a industria pesada. Pode-se defini-lo como "uma aliança informal e diferente de grupos com investidas psicológicas, morais e materiais de interesses no desenvolvimento contínuo e a manutenção de fábricas armamentistas de altos níveis, na preservação de mercados coloniais e na concepção militar-estratégica de negócios internos".[2] Bancos foram considerados decisivos na entrada dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial, por exemplo.[3] Mais da metade da economia norte-americana era dependente do setor público em 1950, principalmente do exército.[4]