Comunidade Ahmadi ou simplesmente Ahmadiyya ou Ahmadia é um movimento religioso muçulmano fundado no final do século XIX, no Punjab, na então Índia britânica, por Mirza Ghulam Ahmad (1835-1908).
Proclamando-se instrumento da decisão divina que o capacitara a realizar a missão redentora da humanidade, Mirza afirmava ser o Messias prometido dos últimos tempos e, como tal, um guia (mahdi) dos homens. O movimento, embora combatido por alguns segmentos da sociedade indiana, progrediu, mantendo-se atuante, com seus seguidores desenvolvendo uma contínua e persistente ação missionária. Seus adeptos buscam sempre propagar ao máximo sua fé perante a população, quebrando falsas idéias sobre o Islamismo e sobre a própria comunidade, que assim como o Islamismo em si, também é muito difamada por determinados setores da sociedade. Contudo, em muitos países muçulmanos e até na Europa, os Ahmadi são considerados heréticos, portanto merecedores de morte, perseguidos e por vezes assassinados.[1][2]
Os Ahmadi são, dentro de certos limites, culturalmente assimilacionistas. Em Londres, edificaram a mesquita Baitul Futuh ao mesmo tempo que editavam numerosas publicações a respeito de sua doutrina e sobre o Islamismo, distribuídas pelo mundo inteiro em vários idiomas. Uma das suas ideias chama a atenção: para os ahmadiyya, Jesus foi retirado da cruz ainda com vida e, posteriormente, curado de suas chagas, vindo finalmente a morrer na cidade de Caxemira com a idade de 120 anos onde existiria seu túmulo na cidade de Serinagar.
O seu principal centro de irradiação é o Paquistão onde, em 1953, 1974 e 1984 foram os alvos principais de várias rebeliões fomentadas por membros do clero paquistanês, recebendo inclusive apoio do governo nesse sentido. São operosos missionários do Islã, principalmente no continente africano.