Copyleft é uma forma de usar a legislação de proteção dos direitos autorais com o objetivo de retirar barreiras à utilização, difusão e modificação de uma obra criativa devido à aplicação clássica das normas de propriedade intelectual, exigindo que as mesmas liberdades sejam preservadas em versões modificadas. Ele difere assim do domínio público, que não apresenta tais exigências. O copyleft também não proíbe a venda da obra pelo autor, mas implica a liberdade de qualquer pessoa fazer a distribuição não comercial da obra.
O copyleft denomina genericamente uma ampla variedade de licenças que permitem, de diferentes modos, liberdades em relação a uma obra intelectual. Seu nome se origina do trocadilho com o termo "copyright", invertendo right por left. Em português, essa inversão poderia acontecer transformando "direito autoral" em "esquerda autoral".[1] Também pode ser traduzido literalmente como "esquerdo de cópia" ou "permitida a cópia".
Richard Stallman foi um dos responsáveis pela popularização inicial do termo copyleft, ao associá-lo, em 1988, à licença GPL. De acordo com Stallman[2], o termo foi-lhe sugerido pelo artista e programador Don Hopkins, que incluiu a expressão "Copyleft – all rights reversed" numa carta que lhe enviou. A frase é um trocadilho com expressão "Copyright – all rights reserved" usada para afirmar os direitos de autor.
Uma obra, seja de software ou outros trabalhos livres, sob licença copyleft requer que suas modificações, ou extensões, sejam livres, passando adiante a liberdade de copiar e modificar novamente.
Uma das razões mais fortes para os autores e criadores aplicarem copyleft a seus trabalhos é por esperarem criar as condições mais favoráveis para que mais pessoas se sintam livres para contribuir com melhoramentos e alterações a essa obra, num processo continuado.
A Creative Commons, uma organização sem fins lucrativos fundada por Lawrence Lessig, fornece uma condição de provisão de licença similar chamada share-alike (traduzida como Compartilha-igual)[3]