Corrida limpa

No beisebol, uma corrida limpa (earned run, ER) é qualquer corrida na qual o arremessador é tido como responsável, i.e., a corrida é anotada como resultado de um arremessamento normal, e não devido a um erro de defesa ou uma bola passada. Todas as outras são corridas sujas (unearned runs). Um erro cometido pelo arremessador na defesa é contado da mesma forma que um erro por qualquer outro jogador.

As corridas limpas são especialmente denotadas por causa de seu uso no cálculo da média de corridas limpas — o número de corridas limpas sofridas por 9 entradas.

Para determinar se uma corrida é limpa, o anotador oficial deve reconstruir a entrada como ela teria ocorrido sem os erros (para propósitos desta regra, os “erros” também incluem bolas passadas). O benefício da dúvida sempre é dado ao arremessador em determinar que bases teriam sido conseguidas por jogadas sem erro.

Se nenhum erro ocorrer durante a entrada, todas as corridas são automaticamente limpas. Em alguns casos, um erro pode ser dado inocentemente enquanto a entrada ainda está em jogo. Por exemplo, um corredor na primeira base avança à segunda numa bola passada. O próximo batedor anda. Visto que o corredor agora estaria na segunda de qualquer jeito, a bola passada não mais tem qualquer impacto no cálculo de limpas/sujas.

Uma corrida é contada como suja quando:

  • Um batedor chega à base num erro, e mais tarde anota uma corrida naquela entrada;
  • Um batedor ou corredor avança uma ou mais bases num erro e anota numa jogada que, de outra forma, não teria fornecido a oportunidade de anotar;
  • Um corredor de base anota depois que a terceira eliminação teria sido feita.

Nos dois primeiros casos acima, “num erro” inclui situações onde o batedor faz uma rebatida clara, mas deveria ter sido eliminado mais cedo em sua vez no bastão numa bola alta de falta que foi largada por um defensor (erro).

Enquanto a entrada ainda está sendo jogada, este último cenário pode causar uma situação temporária onde uma corrida já foi anotada, mas seu estado de limpa/suja ainda é incerto. Por exemplo, com dois eliminados, um corredor na terceira base anota numa bola passada. Por enquanto, a corrida é suja, visto que o corredor ainda deveria estar na terceira. Se o batedor é eliminado por strikes para encerrar a entrada, continuará assim. Se o batedor obtém uma rebatida de base, que teria anotado o corredor de qualquer maneira, a corrida agora torna-se limpa.

Quando os arremessadores são trocados no meio de uma entrada, e um ou mais erros já ocorreram, é possível ter uma corrida penalizada como limpa contra um arremessador específico, mas suja para a equipe. O exemplo mais simples é quando o time defensivo registra dois eliminados e comete um erro numa jogada que teria sido a terceira eliminação. Um novo arremessador vem ao jogo, e o próximo batedor acerta um home run. O corredor que chegou à base no erro anota, e sua corrida é suja tanto para o arremessador prévio como para o time. Todavia, a corrida anotada pelo batedor é contada como limpa contra o arremessador reserva, mas suja para a equipe (visto que já deveriam ter sido três eliminados). Se o time não tivesse trocado de arremessadores, nenhuma das duas seria contada como uma corrida limpa porque aquele arremessador já deveria ter encerrado a entrada.

Um arremessador só é penalizado com o número de corredores que chegam em base enquanto ele está arremessando. Quando uma mudança de arremessadores ocorre, diz-se que o novo arremessador “herda” quaisquer corredores que estam em base no momento, e se eles anotarem depois, aquelas corridas são penalizadas (limpas ou sujas) para o arremessador anterior. Muitas fichas técnicas atualmente listam corredores herdados, e quantos deles anotaram, como uma estatística para o arremessador reserva.


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