Cultura do estupro

Cultura do estupro ou cultura da violação é um contexto no qual a violação sexual é pervasiva e normalizada devido a atitudes sociais sobre gênero e sexualidade.[1][2][3][4][5]

A sociologia da cultura do estupro é estudada academicamente por feministas, mas há uma discordância sobre o que define uma cultura do estupro e se determinadas sociedades preenchem os critérios para que possuam uma cultura de estupro.[6] Comportamentos comumente associados com a cultura do estupro incluem a culpabilização da vítima, a objetificação sexual da mulher, a crença em mitos do estupro,[7] trivialização do estupro, a negação de estupros, a recusa de reconhecer o dano causado por algumas formas de violência sexual, ou a combinação entre esses comportamentos.[8] A noção de cultura do estupro foi usada para descrever e explicar comportamento dentro de grupos sociais, incluindo estupros dentro de prisões, e em áreas de conflito onde estupros de guerra eram usados como arma psicológica. Sociedades inteiras foram acusadas de possuir uma cultura de estupro.[6][9][10][11][12]

Há evidências que sugerem que a cultura do estupro é correlacionada a outros fatores e comportamentos sociais, tais como racismo, sexismo, homofobia, classismo, intolerância religiosa e outras formas de discriminação.

  1. Olfman, Sharna (2009). The Sexualization of Childhood. ABC-CLIO. p. 9.
  2. Flintoft, Rebecca (October 2001). John Nicoletti, Sally Spencer-Thomas, Christopher M. Bollinger, ed. Violence Goes to College: The Authoritative Guide to Prevention and Intervention. Charles C Thomas. p. 134. ISBN 978-0398071912.
  3. Beatriz Farrugia, Sarah Germano e Tatiana Girardi (14 de junho de 2016). «Crimes levam Brasil e Itália a debaterem 'cultura do estupro'». ANSA Brasil. Consultado em 16 de junho de 2016. Cópia arquivada em 15 de junho de 2016 
  4. «"Cultura do estupro": a culpa é da vítima?». UOL Educação. Consultado em 16 de junho de 2016. Cópia arquivada em 15 de agosto de 2014 
  5. «ONU: Por que falamos de cultura do estupro?». Agência Patrícia Galvão. 31 de maio de 2016. Consultado em 16 de junho de 2016. Cópia arquivada em 16 de junho de 2016 
  6. a b Sommers, Christina Hoff. Researching the "Rape Culture" of America. Retrieved 4 March 2010.
  7. John Nicoletti; Christopher M. Bollinger; Sally Spencer-Thomas (2009). Violence Goes to College: The Authoritative Guide to Prevention and Intervention. Charles C Thomas Publisher. p. 134. ISBN 978-0-398-08558-2. (em inglês)
  8. Attenborough, Frederick (2014). "Rape is rape (except when it's not): the media, recontextualisation and violence against women". Journal of Language Aggression and Conflict 2 (2): 183–203.
  9. Rozee, Patricia. "Resisting a Rape Culture". Rape Resistance. Retrieved 11 January 2012.
  10. Steffes, Micah (January 2008). "The American Rape Culture". High Plains Reader. Retrieved 11 January 2012.
  11. Maitse, Teboho (1998). "Political change, rape, and pornography in postapartheid South Africa". Gender & Development 6 (3): 55–59. doi:10.1080/741922834. ISSN 1355-2074.
  12. Economic and Political Weekly 37 (34): 3519–3531. Retrieved 22 May 2012.

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