Cultura judaica

Representação artística de uma celebração judaica na cidade de Tetuán, no norte do Marrocos, em 1865,

A Cultura do povo judaico é referente a todo período da história do povo israelita dos tempos tribais e as primeiras nações até a diáspora e a formação do atual Estado de Israel no século XX. O Judaísmo guia seus seguidores na prática e na crença, sendo assim não apenas uma religião, mas também uma ortopraxia.[1] Nem todos os indivíduos ou fenômenos culturais podem ser classificados como "seculares" ou "religiosos", uma distinção nativa ao pensamento iluminista.[2]

A cultura judaica em seu significado etimológico mantém ligação com a região que o povo judeu chama de seu lar e ao Reino de Judá, estudos dos textos da Torá, prática do Tzedaká (caridade) e história judaica. O termo "cultura secular judia" faz referência a vários aspectos, como religião e visão de mundo, literatura, mídia e cinema, arte e arquitetura, culinária e vestimentas tradicionais, atitudes com relação a gênero, casamento e família, costumes sociais e estilo de vida, música e dança.[3] "Secularismo judaico" é um fenômeno distinto relacionado a secularização do judaísmo - um processo histórico de desinvestimento de todos esses elementos da cultura das suas crenças e práticas religiosas.[4]

O judaísmo secular, derivada da filosofia de Moisés Mendelssohn,[5] cresceu a partir do Haskalá, ou "Iluminismo Judaico", que havia sido movida pelos valores do Iluminismo europeu. Nos anos recentes, o campo acadêmico abrangeu temas como estudos judaicos, história, literatura, sociologia e linguística. O historiador David Biale traçou as raízes do secularismo judaico até à era pré-moderna.[6] Atualmente, o assunto de secularização judaica é ensinado, e pesquisado, em universidades americanas e israelenses, como Harvard, Universidade de Tel Aviv, UCLA, Temple e Universidade da Cidade de Nova Iorque, faculdades que têm muitos judeus. Além disso, muitas universidades incluem "estudos judaicos", da cultura e história deste povo.[7][8]

Através da história, em eras e lugares tão diversos quanto o antigo Mundo Helênico, na Europa antes e depois da Era do Iluminismo, no Al-Andalus, Norte da África e Oriente Médio, na Índia e China, e Estados Unidos e Israel. As comunidades judaicas pelo mundo viram o desenvolvimento do fenômeno cultural que são caracteristicamente judaicas, sem ser especificamente religiosas. Alguns fatores vêm de dentro do judaísmo, outras da interação dos Judeus com populações hospedeiras durante diáspora e outros da dinâmica social e cultural interna da comunidade, ao invés da religião em si. Este fenômeno levou a consideráveis variações diferentes da cultura judaica dentro de sua própria comunidade.[9]

  1. Biale, David, Not in the Heavens: The Tradition of Jewish Secular Thought, Princeton University Press, 2011, p.15
  2. Biale, David, Not in the Heavens: The Tradition of Jewish Secular Thought, Princeton University Press, 2011, pp.5-6
  3. Torstrick, Rebecca L., Culture and customs of Israel, Greenwood Press, 2004
  4. Beit-Hallahmi, Benjamin, "The Secular Israeli (Jewish) Identity: An Impossible Dream?", in Barry Alexander Kosmin, Ariela Keysar, eds., Secularism & secularity: contemporary international perspectives, Institute for the Study of Secularism in Society and Culture, Trinity College, Hartford, 2007, p.157
  5. Biale, David, Not in the Heavens: The Tradition of Jewish Secular Thought, Princeton University Press, 2011, p.10
  6. Rebecca Newberger Goldstein, Betraying Spinoza: The renegade Jew who gave us modernity, Schocken/Nextbook, 2006
  7. Roza Bieliauskiene e Felix Tarm, Brief History of Jewish Art, Jewish Art Network. Acessado em 14 de janeiro de 2010.
  8. "American Jewish Secularism: Jewish Life Beyond the Synagogue". Página acessada em 1 de março de 2019.
  9. «Secular Jewishness; what's Jewish about it?». CSJO.org. Consultado em 1 de março de 2019 

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