Cur

Impressão de selo cilíndrico sumério antigo mostrando o deus Dumuzi sendo torturado no submundo por demônios galus.

O antigo submundo da Mesopotâmia, mais frequentemente conhecido em sumério como Cur, Ircala, Cucu, Arali ou Quigal e em acádio como Ersetu era uma caverna escura e sombria localizada nas profundezas do solo,[1][2] onde se acreditava que os habitantes continuavam "uma versão sombria da vida na Terra".[1] A única comida ou bebida era pó seco, mas os familiares do falecido derramavam libações para eles beberem. Ao contrário de muitas outros pós-vida do mundo antigo, no submundo sumério, não havia julgamento final do falecido e os mortos não eram punidos nem recompensados por seus atos em vida. A qualidade de existência de uma pessoa no submundo era determinada por suas condições de sepultamento.

A governante do submundo é a deusa Eresquigal, que vive no palácio de Ganzir,[1] às vezes usado como um nome para o próprio submundo. Seu marido é Gugalana,[3] o "inspetor do canal de Anu", ou, especialmente nas histórias posteriores, Nergal,[3] o deus da morte. Após o período acadiano (c. 2334–2154 a.C.), Nergal às vezes assumia o papel de governante do submundo. Os sete portões do submundo são guardados por um porteiro chamado Neti em sumério. O deus Nantar atua como sucal de Eresquigal, ou assistente divino. O deus moribundo Dumuzi passa metade do ano no submundo, enquanto, na outra metade, seu lugar é ocupado por sua irmã, a deusa escriba Gestinana, que registra os nomes dos falecidos. O submundo também é o lar de vários demônios, incluindo o hediondo devorador de crianças Lamastu,[4] o temível demônio do vento e deus protetor Pazuzu,[5] e os galus, que arrastavam mortais para o submundo.[6]

  1. a b c Choksi 2014.
  2. Barret 2007, pp. 7–65.
  3. a b Black & Green 1992, p. 77.
  4. Black & Green 1992, p. 116.
  5. Black & Green 1992, p. 147.
  6. Black & Green 1992, p. 85.

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