Darwinismo

Charles Darwin em 1868

Darwinismo é um conjunto de movimentos e conceitos relacionados às ideias de transmutação de espécies, seleção natural ou da evolução, incluindo algumas ideias sem conexão com o trabalho de Charles Darwin.[1] A característica que mais distingue o darwinismo de todas as outras teorias é que a evolução é vista como uma função da mudança populacional e não da mudança do indivíduo.[2]

O termo foi cunhado por Thomas Henry Huxley em abril de 1860,[3] e foi usado para descrever conceitos evolutivos, incluindo conceitos anteriores, como malthusianismo e spencerismo apesar desse pensamento ter sido criticado pelo próprio Darwin e por cientistas independentes.[4][5] No final do século XIX passou a significar o conceito de que a seleção natural era o único mecanismo de evolução, em contraste com o lamarckismo e o criacionismo. Por volta de 1900 o darwinismo foi eclipsado pelo mendelismo até a síntese evolutiva moderna unificar as ideias de Darwin e Gregor Mendel.[6] A medida que a teoria da evolução moderna se desenvolve, o termo tem sido associado às vezes com ideias específicas.

Embora o termo tenha permanecido em uso entre os autores científicos, tem sido cada vez mais discutido que é um termo inapropriado para a moderna teoria da evolução.[6] Por exemplo, Darwin não estava familiarizado com o trabalho de Gregor Mendel,[7] e como resultado teve apenas uma compreensão vaga e imprecisa de hereditariedade. Ele, naturalmente, não tinha noção dos desenvolvimentos mais recentes e, como o próprio Mendel, não sabia nada de deriva genética,[8] por exemplo.

  1. Steele, Edward J.; Lindley, Robyn A.; Blanden, Robert V. (1998). Lamarck´s Signature. How Retrogenes are Changing Darwin´s Natural Selection Paradigm (em inglês). Reading, Massachusetts: Helix Books. p. xviii-xx. 286 páginas. ISBN 0-7382-0014-X 
  2. Ruse, Michael (1982). Darwinism Defended. A Guide to the Evolution Controversies (em inglês). Reading, Massachusetts: Addison-Wesley Publishing Company. p. 76. 356 páginas. ISBN 0-201-06273-9 
  3. Huxley, T.H. (Abril de 1860). «ART. VIII.- Darwin on the origin of Species». Westminster Review. p. 541–70. Consultado em 13 de fevereiro de 2012. What if the orbit of Darwinism should be a little too circular? 
  4. Morse Peckham, “Darwinism and Darwinisticism” in The Triumph of Romanticism (1970) pp. 176-201.
  5. Takis Fotopoulos, Towards An Inclusive Democracy, (London/NY: Cassell /Continuum, 1997/1998).
  6. a b Margulis, Lynn; Sagan, Dorion (2002). Acquiring Genomes. A Theory of the Origins of Species. New York: Basic Books. p. 7-8. 240 páginas. ISBN 0-465-04392-5 
  7. Sclater, Andrew (Junho de 2006). «The extent of Charles Darwin's knowledge of Mendel». Journal of Biosciences. 31 (2). Bangalore, India: Springer India / Indian Academy of Sciences. p. 191–193. PMID 16809850. doi:10.1007/BF02703910. Consultado em 13 de fevereiro de 2012 
  8. Gillespie, John H (1998). Population Genetics. A Concise Guide. Baltimore/London: The Johns Hopkins University Press. p. 19-48. 169 páginas. ISBN 0-8018-5755-4 

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