David Bohm

David Bohm
David Bohm
Nascimento 20 de dezembro de 1917
Wilkes-Barre
Morte 27 de outubro de 1992 (74 anos)
Londres
Nacionalidade estadunidense, brasileiro, britânico
Cidadania Estados Unidos, Brasil, Reino Unido
Alma mater State College, Instituto de Tecnologia da Califórnia, Universidade da Califórnia em Berkeley
Ocupação físico, filósofo, professor universitário, físico nuclear
Principais trabalhos Interpretação de Bohm Efeito Aharonov-Bohm Efeito Aharonov-Bohm Teoria das variáveis ocultas Difusão de Bohm
Plasmon
Onda piloto
Potencial quântico
Holomovimento
Ordem implicada
Diálogo de Bohm
Mente quântica
Distinções Medalha Elliott Cresson (1991)[1]
Membro da Royal Society[2]
Empregador(a) Universidade de São Paulo, Birkbeck, Universidade da Califórnia em Berkeley, Universidade de Princeton, Technion, Universidade de Bristol
Orientador(a)(es/s) Robert Oppenheimer
Orientado(a)(s) Yakir Aharonov, Henri Bortoft, Jeffrey Bub, Eugene Gross, David Pines
Instituições Projeto Manhattan, Universidade de Princeton, Universidade de São Paulo, Technion, Universidade de Bristol, Birkbeck College
Campo(s) física quântica
Causa da morte enfarte agudo do miocárdio

David Joseph Bohm FRS[2] (Wilkes-Barre, 20 de dezembro de 1917Londres, 27 de outubro de 1992) foi um físico estadunidense de posterior cidadania brasileira[3] e britânica.[4] Bohm é considerado um dos físicos teóricos mais importantes do século XX[5] e que contribuiu com ideias não-ortodoxas à teoria quântica, neuropsicologia e filosofia da mente.

Bohm avançou a visão de que a física quântica significava que o antigo modelo cartesiano de realidade — que existem dois tipos de substância, a mental e a física, que de alguma forma interagem — era muito limitado. Para complementá-lo, ele desenvolveu uma teoria matemática e física de ordem "implicada" e "explicada".[6] Esse pensamento influenciou também o neurocientista Karl Pribram, que propôs que o cérebro, no nível celular, trabalha de acordo com a matemática de alguns efeitos quânticos, e postulou que a memória e o pensamento são distribuídos e não localizados,[7] o que Bohm viu como um modelo de holografia.[8]

Bohm alertou para os perigos da razão e da tecnologia desenfreadas, defendendo, em vez disso, a necessidade de um diálogo de apoio genuíno, que, segundo ele, poderia ampliar e unificar divisões conflitantes e problemáticas no mundo social. Nisso, sua epistemologia refletia sua ontologia.[9] Devido a suspeitas de comunismo durante a era McCarthy, foi alvo de uma investigação do governo federal em 1949 e deixou os Estados Unidos. Seguiu sua carreira científica em vários países, tornando-se um brasileiro, e, mais tarde, um cidadão britânico.[10] Ele abandonou o marxismo após a revolta húngara em 1956.[11]

A principal preocupação de Bohm era entender a natureza da realidade em geral e da consciência em particular como um todo coerente, que segundo Bohm nunca é estático ou completo.[12]

  1. «Laureates» (pdf) (em inglês). The Franklin Institute. Consultado em 1 de julho de 2015. Cópia arquivada em 1 de julho de 2015 
  2. a b Hiley, B. J. (1997). «David Joseph Bohm. 20 December 1917—27 October 1992». Biographical Memoirs of Fellows The Royal Society. 43. 107 páginas. doi:10.1098/rsbm.1997.0007. Consultado em 20 de dezembro de 2012 
  3. «David Bohm, o 'comunista' rebelde da mecânica quântica que era amigo de Einstein e deu aula na USP». BBC News Brasil. Consultado em 26 de março de 2024 
  4. #author.fullName}. «Reality check: The hidden connections behind quantum weirdness». New Scientist (em inglês). Consultado em 26 de março de 2024 
  5. Peat, F. David (1997). Infinite Potential: The Life and Times of David Bohm (em inglês). Reading, MA: Addison Wesley. p. 316-317. 357 páginas. ISBN 0-201-32820-8. Consultado em 20 de dezembro de 2012 
  6. Bohm, David (1980). Wholeness and the Implicate Order (em inglês). Londres: Routledge. ISBN 0-203-99515-5 
  7. Prideaux, Jeff. «Comparison between Karl Pribram's "Holographic Brain Theory" and more conventional models of neuronal computation» (em inglês). American Computer Science Association. Consultado em 11 de junho de 2020 
  8. Pylkkänen, Paavo T. I. (25 de outubro de 2006). Mind, Matter and the Implicate Order (em inglês). Berlim: Springer Science & Business Media. p. 106. ISBN 978-3-540-48058-7 
  9. David Bohm: On Dialogue (2004) Routledge
  10. Freire Jr., Olival; Paty, Michel; Barros, Alberto Luiz da Rocha (abril de 1994). «David Bohm, sua estada no Brasil e a teoria quântica». Estudos Avançados: 53–82. ISSN 0103-4014. doi:10.1590/S0103-40141994000100012. Consultado em 4 de janeiro de 2022 
  11. Adam Becker: What is Real?: The Unfinished Quest for the Meaning of Quantum Physics, Basic Books, 2018. P.115 (ISBN 978-0-465-09605-3).
  12. Wholeness and the Implicate Order, Bohm - July 4, 2002

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