Dinossauros

 Nota: Para outros significados de Dinossauro, veja Dinossauro (desambiguação).

Dinossauros
Intervalo temporal: Triássico SuperiorPresente, 233,23 – 0 Ma (intervalo inclui aves)
(possível registro do Triássico Médio)
Classificação científica e
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Clado: Sauropsida
Clado: Archosauria
Clado: Avemetatarsalia
Clado: Ornithodira
Clado: Dinosauromorpha
Clado: Dinosauriformes
Clado: Dracohors
Clado: Dinosauria
Owen, 1842
Principais grupos
Dinossauros e possíveis dinossauros de afinidade incerta

Dinossauros ou dinossáurios[6] (em grego clássico: δεινός σαῦρος, deinos sauros,[7] que significa "lagarto terrível") constituem um grupo de diversos animais, membros do clado Dinosauria.[8] Acredita-se que os dinossauros apareceram há, pelo menos, 233 milhões de anos,[9] e que, por mais de 167 milhões de anos, foram o grupo animal dominante na Terra, num período geológico de tempo que vai desde o período Triássico até o final do período Cretáceo, há cerca de 66 milhões de anos,[10] quando um evento catastrófico ocasionou a extinção em massa de quase todos os dinossauros, com exceção de algumas espécies emplumadas, as aves.[11]

A hipótese mais aceita é de que o meteorito encontrado na cratera de Chicxulub, na Península de Iucatã, foi o responsável pela extinção dos dinossauros, ao colidir com a Terra e originar uma grande explosão, a qual carbonizou bilhões de animais instantaneamente, levantando também uma nuvem de poeira tão espessa que bloqueou a luz do sol e transformou o planeta em um local extremamente frio, em um evento meteorológico similar ao inverno nuclear, eliminando quase todas as espécies existentes de dinossauros. Pouquíssimos deles sobreviveram, e eram todos aviários, pequenos e provavelmente terrestres, já que as florestas foram amplamente destruídas por incêndios após o impacto do meteoro, e somente aves que não dependiam de árvores para obter alimento e esconderijo poderiam ter sobrevivido.[12]

O registro fóssil indica que os dinossauros emplumados surgiram durante o período Jurássico, embora exista a possibilidade de que os primeiros dinossauros já possuíssem protopenas no período Triássico. Após o evento da extinção em massa, os únicos dinossauros que sobreviveram foram as aves.[13][14][15] Usando evidências fósseis, os paleontólogos identificaram mais de quinhentos diferentes gêneros e mais de mil diferentes espécies de dinossauros não aviários, alguns sendo herbívoros, outros carnívoros, assim como havia também espécies bípedes e quadrúpedes. Muitas espécies possuíam estruturas, como chifres ou cristas (como o tricerátope), e alguns grupos chegaram a desenvolver modificações esqueléticas, como armaduras ósseas (como o anquilossauro) e velas dorsais (como o espinossauro). Estes animais variavam muito em tamanho e peso, com dinossauros terópodes não aviários adultos medindo menos de quarenta centímetros (como o epidexiptérix), enquanto os maiores saurópodes podiam chegar a uma altura de cerca de vinte metros (como o argentinossauro).[16]

Embora a palavra dinossauro signifique "lagarto terrível", esses animais não eram lagartos ou mesmo répteis no sentido tradicional, mas, sim, ornitodiros, diferenciando-se dos répteis principalmente por suas patas eretas, pela postura, comportamento normalmente ativo e metabolismo aviários, incluindo a manutenção de uma temperatura constante.[17] Durante a primeira metade do século XX, a maior parte da comunidade científica acreditava que os dinossauros eram lentos e pouco inteligentes; no entanto, a maioria das pesquisas realizadas desde a década de 1970 indicou que estes animais eram ágeis, com elevado metabolismo e numerosas adaptações para a interação social, presente em certos grupos, principalmente no dos terópodes. O primeiro dinossauro a ser descrito foi o megalossauro, em um trabalho publicado por William Buckland em 1824, apesar de que o naturalista Gideon Mantell já havia descoberto, em 1822, o fóssil de um iguanodonte, mas somente publicou a descrição em 1825.[18]

  1. Baron, Matthew G.; Williams, Megan E. (2018). «A re-evaluation of the enigmatic dinosauriform Caseosaurus crosbyensis from the Late Triassic of Texas, USA and its implications for early dinosaur evolution». Acta Palaeontologica Polonica. 63. doi:10.4202/app.00372.2017 
  2. Ferigolo, Jorge; Langer, Max C. (2007). «A Late Triassic dinosauriform from south Brazil and the origin of the ornithischian predentary bone». Historical Biology. 19 (1): 23–33. Bibcode:2007HBio...19...23F. ISSN 0891-2963. doi:10.1080/08912960600845767 
  3. Langer, Max C.; Ferigolo, Jorge (2013). «The Late Triassic dinosauromorph Sacisaurus agudoensis (Caturrita Formation; Rio Grande do Sul, Brazil): anatomy and affinities». Geological Society, London, Special Publications (em inglês). 379 (1): 353–392. Bibcode:2013GSLSP.379..353L. ISSN 0305-8719. doi:10.1144/SP379.16 
  4. Cabreira, S.F.; Kellner, A.W.A.; Dias-da-Silva, S.; da Silva, L.R.; Bronzati, M.; de Almeida Marsola, J.C.; Müller, R.T.; de Souza Bittencourt, J.; Batista, B.J.; Raugust, T.; Carrilho, R.; Brodt, A.; Langer, M.C. (2016). «A Unique Late Triassic Dinosauromorph Assemblage Reveals Dinosaur Ancestral Anatomy and Diet». Current Biology. 26 (22): 3090–3095. Bibcode:2016CBio...26.3090C. ISSN 0960-9822. PMID 27839975. doi:10.1016/j.cub.2016.09.040Acessível livremente 
  5. Müller, Rodrigo Temp; Garcia, Maurício Silva (26 de agosto de 2020). «A paraphyletic 'Silesauridae' as an alternative hypothesis for the initial radiation of ornithischian dinosaurs». Biology Letters. 16 (8). 20200417 páginas. PMC 7480155Acessível livremente. PMID 32842895. doi:10.1098/rsbl.2020.0417Acessível livremente 
  6. «dinossáurio». Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora. Infopédia 
  7. «Dinossauro». Michaelis On-Line. Consultado em 5 de agosto de 2017 
  8. H. Pough, C. Janis e J. Heiser (2008). A Vida dos Invertebrados 4ª ed. São Paulo: Atheneu. p. 12 
  9. «U-Pb age constraints on dinosaur rise from south Brazil». Gondwana Research (em inglês). 57: 133–140. 1 de maio de 2018. ISSN 1342-937X. doi:10.1016/j.gr.2018.01.005 
  10. Renne, Paul R.; et al. (2013). «Time Scales of Critical Events Around the Cretaceous-Paleogene Boundary» (PDF). Science. Consultado em 10 de Dezembro de 2018 
  11. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Alfaroetal2009
  12. «Quaillike creatures were the only birds to survive the dinosaur-killing asteroid impact». Science | AAAS (em inglês). 24 de maio de 2018 
  13. Reinaldo Lopes. Primeira ave é apenas dino com penas, afirma pesquisa chinesa. Folha.com, 28 set 2011;
  14. Claudio Angelo. Dinossauro também mudava as penas, mostra fóssil. Folha.com, 28 abr 2010;
  15. A evolução das aves Arquivado em 27 de dezembro de 2012, no Wayback Machine.. Universidade Estadual do Ceará, Zootecnologia;
  16. Dinossauros eram ainda maiores. Agência Fapesp
  17. Paul, Gregory S. (2016). The Princeton Field Guide to Dinosaurs - 2nd Edition. [S.l.]: Princeton Press 
  18. Faria, Felipe (2012). Georges Cuvier: do estudo dos fósseis à paleontologia, 2012. [S.l.]: Editora 34. ISBN 978-85-7326-487-6. Consultado em 11 de maio de 2019 

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