Dinossauros

 Nota: Para outros significados de Dinossauro, veja Dinossauro (desambiguação).
Dinossauros
Ocorrência: Triássico Médio-Recente 233,23–0 Ma

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Clado: Dinosauriformes
Clado: Dinosauria
Owen, 1842
Subgrupos

Dinossauros ou dinossáurios[1] (do grego δεινός σαῦρος, deinos sauros,[2] que significa "lagarto terrível") constituem um grupo de diversos animais, membros do clado Dinosauria.[3] Acredita-se que os dinossauros apareceram há, pelo menos, 233 milhões de anos,[4] e que, por mais de 167 milhões de anos, foram o grupo animal dominante na Terra, num período geológico de tempo que vai desde o período Triássico até o final do período Cretáceo, há cerca de 66 milhões de anos,[5] quando um evento catastrófico ocasionou a extinção em massa de quase todos os dinossauros, com exceção de algumas espécies emplumadas, as aves.[6]

A hipótese mais aceita é de que o meteorito encontrado na cratera de Chicxulub, na Península de Iucatã, foi o responsável pela extinção dos dinossauros, ao colidir com a Terra e originar uma grande explosão, a qual carbonizou bilhões de animais instantaneamente, levantando também uma nuvem de poeira tão espessa que bloqueou a luz do sol e transformou o planeta em um local extremamente frio, em um evento meteorológico similar ao inverno nuclear, eliminando quase todas as espécies existentes de dinossauros. Pouquíssimos deles sobreviveram, e eram todos aviários, pequenos e provavelmente terrestres, já que as florestas foram amplamente destruídas por incêndios após o impacto do meteoro, e somente aves que não dependiam de árvores para obter alimento e esconderijo poderiam ter sobrevivido.[7]

O registro fóssil indica que os dinossauros emplumados surgiram durante o período Jurássico, embora exista a possibilidade de que os primeiros dinossauros já possuíssem protopenas no período Triássico. Após o evento da extinção em massa, os únicos dinossauros que sobreviveram foram as aves.[8][9][10] Usando evidências fósseis, os paleontólogos identificaram mais de quinhentos diferentes gêneros e mais de mil diferentes espécies de dinossauros não aviários, alguns sendo herbívoros, outros carnívoros, assim como havia também espécies bípedes e quadrúpedes. Muitas espécies possuíam estruturas, como chifres ou cristas (como o tricerátope), e alguns grupos chegaram a desenvolver modificações esqueléticas, como armaduras ósseas (como o anquilossauro) e velas dorsais (como o espinossauro). Estes animais variavam muito em tamanho e peso, com dinossauros terópodes não aviários adultos medindo menos de quarenta centímetros (como o epidexiptérix), enquanto os maiores saurópodes podiam chegar a uma altura de cerca de vinte metros (como o argentinossauro).[11]

Embora a palavra dinossauro signifique "lagarto terrível", esses animais não eram lagartos ou mesmo répteis no sentido tradicional, mas, sim, ornitodiros, diferenciando-se dos répteis principalmente por suas patas eretas, pela postura, comportamento normalmente ativo e metabolismo aviários, incluindo a manutenção de uma temperatura constante.[12] Durante a primeira metade do século XX, a maior parte da comunidade científica acreditava que os dinossauros eram lentos e pouco inteligentes; no entanto, a maioria das pesquisas realizadas desde a década de 1970 indicou que estes animais eram ágeis, com elevado metabolismo e numerosas adaptações para a interação social, presente em certos grupos, principalmente no dos terópodes. O primeiro dinossauro a ser descrito foi o megalossauro, em um trabalho publicado por William Buckland em 1824, apesar de que o naturalista Gideon Mantell já havia descoberto, em 1822, o fóssil de um iguanodonte, mas somente publicou a descrição em 1825.[13]

  1. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa [1] Porto Editora
  2. «Dinossauro». Michaelis On-Line. Consultado em 5 de agosto de 2017 
  3. H. Pough, C. Janis e J. Heiser (2008). A Vida dos Invertebrados 4ª ed. São Paulo: Atheneu. p. 12 
  4. «U-Pb age constraints on dinosaur rise from south Brazil». Gondwana Research (em inglês). 57: 133–140. 1 de maio de 2018. ISSN 1342-937X. doi:10.1016/j.gr.2018.01.005 
  5. Renne, Paul R.; et al. (2013). «Time Scales of Critical Events Around the Cretaceous-Paleogene Boundary» (PDF). Science. Consultado em 10 de Dezembro de 2018 
  6. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Alfaroetal2009
  7. «Quaillike creatures were the only birds to survive the dinosaur-killing asteroid impact». Science | AAAS (em inglês). 24 de maio de 2018 
  8. Reinaldo Lopes. Primeira ave é apenas dino com penas, afirma pesquisa chinesa. Folha.com, 28 set 2011;
  9. Claudio Angelo. Dinossauro também mudava as penas, mostra fóssil. Folha.com, 28 abr 2010;
  10. A evolução das aves Arquivado em 27 de dezembro de 2012, no Wayback Machine.. Universidade Estadual do Ceará, Zootecnologia;
  11. Dinossauros eram ainda maiores. Agência Fapesp
  12. Paul, Gregory S. (2016). The Princeton Field Guide to Dinosaurs - 2nd Edition. [S.l.]: Princeton Press 
  13. Faria, Felipe (2012). Georges Cuvier: do estudo dos fósseis à paleontologia, 2012. [S.l.]: Editora 34. ISBN 978-85-7326-487-6. Consultado em 11 de maio de 2019 

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