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Durante a Época Romana a palavra latina Domus (plural domūs, genitivo domūs ou domī) referia-se a casa, estando, por exemplo, na origem do adjectivo «doméstico». É a este modelo que, normalmente, se refere a expressão «casa romana».
É normalmente utilizada para designar as habitações urbanas de cariz unifamiliar, por oposição aos edifícios plurifamiliares conhecidos como insula, normalmente com vários andares e fracções independentes que eram alugadas.
Apesar de geralmente a famílias abastadas ou patrícias (nome pelo qual é denominada a nobreza romana), a extensão e diversidade do Mundo Romano, que no seu auge, abarcou todo o entorno do Mediterrâneo e se estendeu até às ilhas britânicas, ditou que não só famílias ricas descendentes de elites da cidade de Roma vivessem neste tipo de habitação. Na verdade, os vestígios identificados nas diversas cidades romanas conhecidas, revelam domus de muitas escalas e graus de monumentalidade que são reflexo dos diferentes contextos socioeconómicos e poderes de compra das elites e classes médias-altas locais.
Assim, devemos considerar que algumas elites locais, comerciantes ou artesãos com mais posses habitavam também edifícios considerados como domus, ainda que as suas residências não fossem grandes, suntuosas e sofisticadas como as de algumas famílias patrícias de Roma, que correspondiam, na prática, ao que podemos considerar famílias multimilionárias.
Este modelo de habitação, originário do mundo itálico, e com influência helénica (grega), tem uma origem anterior à Época Romana, e corresponde a uma cultura e modo de habitar comum aos povos itálicos. Com a expansão militar e comercial de Roma, este modelo, bem como diversos aspectos da cultura romana foram difundidos e adoptados pelos habitantes dos territórios anexados.
Algumas das domus mais conhecidas encontra-se nas chamadas cidades vesuvianas. A erupção do Vesúvio, no ano de 79 d.C., resultou na destruição de várias localidades nas suas proximidades, tendo sepultado sob vários metros de depósitos vulcânicos as cidades de Pompeia e de Herculano. Este acontecimento conservou a grande maioria dos edifícios, impedindo a sua destruição ao longos dos séculos. Devido ao seu excelente estado de preservação foi possível aos arqueólogos estudar aprofundadamente sua arquitetura, servindo também de base para o estabelecimento de comparações com edfícios de outros pontos do Mundo Romano, que não têm este grau de preservação.