Dreadnought foi o tipo predominante de navio de guerra encouraçado no início do século XX. O primeiro navio do tipo, o HMS Dreadnought da Marinha Real Britânica, teve um impacto tão grande, quando foi lançado em 1906, que os navios de guerra semelhantes que foram construídos após ele passaram a ser chamados de dreadnoughts, enquanto os navios de guerra anteriores tornaram-se conhecidos como pré-dreadnought. Seu projeto tinha duas características revolucionárias: um esquema de armamento de calibre único e a propulsão movida por turbinas a vapor.[nota 1] Como os dreadnoughts se tornaram um símbolo fundamental de poder nacional, a chegada destes novos navios de guerra renovou a corrida armamentista naval entre o Reino Unido e a Alemanha. Corridas armamentistas navais envolvendo embarcações do tipo dreadnought surgiram ao redor do mundo, inclusive na América do Sul, até o início da Primeira Guerra Mundial. Vários projetos posteriores melhoraram os armamentos, a blindagem e a propulsão desses navios. Estas embarcações mais potentes passaram então a ser conhecidas como "super-dreadnoughts". A maior parte dos dreadnoughts originais foram demolidos após o término da Primeira Guerra Mundial, nos termos do Tratado Naval de Washington de 1922, mas muitos dos super-dreadnoughts mais recentes continuaram em operação durante a Segunda Guerra Mundial.
Apesar da construção desse tipo de navio ter consumido vastos recursos no início do século XX, houve apenas uma batalha entre grandes frotas de dreadnoughts. Na Batalha da Jutlândia, as marinhas britânica e alemã se enfrentaram sem resultado decisivo. O termo "dreadnought" gradualmente caiu em desuso após a Primeira Guerra Mundial, principalmente após o Tratado Naval de Washington, apesar de praticamente todos os navios de guerra restantes compartilharem características dos dreadnoughts; o termo também pode ser usado para descrever os cruzadores, um outro tipo de navio resultante da "revolução dreadnought".[1]