EE-11 Urutu

EE-11 Urutu
Tipo Veículo blindado de transporte de pessoal
Local de origem  Brasil
História operacional
Em serviço 1974 - presente
Utilizadores Ver operadores
Guerras Conflito armado na Colômbia, Guerra Irã-Iraque, Conflito entre Chade e Líbia, Invasão do Kuwait, Guerra do Golfo, Invasão americana do Iraque, MINUSTAH, Primavera Árabe, Guerra Civil Iraquiana (2011–2017), Primeira Guerra Civil Líbia e Segunda Guerra Civil Líbia.
Histórico de produção
Criador José Luiz Whitaker Ribeiro[1]
Data de criação 1970[2]
Fabricante Engesa[2]
Custo unitário USD $149,100 (novo)[3]
Período de
produção
1974–1990[2]
Quantidade
produzida
888[4]
Variantes Vide Variantes
Especificações
Peso 28 660 lb (13 000 kg)
Comprimento 20,01 ft (6,1 m)
Largura 8,69 ft (2,6 m)
Altura 9,51 ft (2,9 m)
Tripulação 2 tripulantes (motorista e comandante) + 11 passageiros[2]
Blindagem do veículo 8 mm[5]
Armamento
primário
1 metralhadora 12,7mm Browning M2
Armamento
secundário
4 lançadores de granadas de fumaça
Motor Mercedes-Benz diesel nacional ou Detroit Diesel nacional V-6

OM 366 LA após modernização.
158cv e 230cv após modernização

Peso/potência 20.000
Suspensão 6x6 Boomerang
Alcance
operacional (veículo)
466 mi (750 km)

590 mi (950 km) após modernização

Velocidade 105 km/h estrada, 75 km/h terra e 8 km/h água

110 km/h estrada, 80 km/h terra e 8 km/h água, após modernização

O EE-11 Urutu é um veículo blindado de transporte de pessoal, anfíbio, com tração 6x6, desenvolvido e fabricado no Brasil pela Engesa, a partir de 1974. Sua base de transmissão e componentes do chassi são do EE-9 Cascavel, do mesmo fabricante. Ambos os veículos foram criados no contexto da mecanização da cavalaria do Exército Brasileiro e expansão da indústria bélica nacional.

O Urutu serviu como complemento carregador de tropas para o Exército e o Corpo de Fuzileiros Navais (CFN). O CFN não quis o veículo em grandes números, mas o Exército Brasileiro adquiriu 217,[4][2] que entraram em serviço a partir de 1975.[2]

O binômio Cascavel-Urutu foi a base da nova cavalaria mecanizada brasileira por quatro décadas até sua substituição pelo VBTP-MR Guarani, a partir de 2014.

O Urutu revelou sua idade e falhas no contingente brasileiro na Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti (2004–2017), onde teve funções de policiamento. Alguns Urutus brasileiros foram transferidos a forças de segurança pública.

Foi também o primeiro blindado totalmente anfíbio desenvolvido no Brasil, podendo se impulsionar na água com velocidades de até 8 km/h, utilizando um par de hélices.[6] Urutus já foram operados por mais de trinta exércitos nacionais e forças de segurança pelo mundo.[3] Foram extremamente populares no Oriente Médio, especialmente com a Líbia e o Iraque, os quais compraram um grande número para complementar suas frotas de EE-9 Cascavel.[1] O Iraque empregou seus Urutus na Guerra Irã-Iraque, que se tornou efetivamente um campo de prova para o veículo.[7] Mesmo na década de 2010, Urutus ainda apareciam nos conflitos na região. O veículo teve muitas variantes especializadas para segurança interna, recuperação de veículos, defesa aérea, transporte de carga e evacuação médica.[2] Uma variante híbrida foi modificada para aceitar a mesma torre com canhão de 90 mm do Cascavel, que foi oferecida sem sucesso ao Exército dos Estados Unidos, como o “Uruvel”.[3]

  1. a b «Engesa President on Arms Sales Ethics, Middle East Clients». Federal Broadcast Information Service, Joint Publications Research Service. Latin America Report: 37–45. 21 de março de 1986. ISBN 9780879677077 
  2. a b c d e f g Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome recognition
  3. a b c Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome forecast
  4. a b Bastos, Expedito Carlos Stephani (jun. 2006). «Uma realidade brasileira – As exportações dos veículos militares Engesa» (PDF). Revista DaCultura. 6 (10): 36–41. Cópia arquivada (PDF) em 26 de fevereiro de 2019 
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  6. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Compendium
  7. Nyrop, Richard, ed. (1983). Brazil, a Country Study. Col: Area Handbook Series Fourth ed. Washington, D.C.: Department of the Army, American University. p. 204. ASIN B008GXUTJ0 

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