Nos primeiros anos do regime nazista ou nazi, a economia da Alemanha recuperou-se e cresceu de maneira extremamente rápida, o que foi considerado "um milagre" por muitos economistas, muito embora tenha se manifestado de maneira desigual.[1] O desemprego de 1920 e do início de 1930 foi reduzido de seis milhões de desempregados em 1932 para menos de um milhão em 1936. A produção nacional cresceu 102%, de 1932 a 1937, e a renda nacional dobrou. Em 1933 a política econômica nazista ditada pelo Ministro da Economia Dr. Hjalmar Schacht queria diminuir o desemprego por meio da expansão de obras públicas[2] e do estímulo a empresas privadas. O crédito governamental foi fornecido pela criação de fundos especiais de desemprego, concedeu-se isenção de impostos às empresas que aumentassem o emprego e seus gastos de capital em 1935, 1936, 1937 e 1938 o PIB alemão cresceu a uma taxa de 9% ao ano atingindo um crescimento de 11% em 1939.[3] O governo alemão se declarava na época um defensor da livre iniciativa e da propriedade privada.[4][5] Uma das principais bases da recuperação alemã foi o rearmamento, para o qual o regime nazista dirigiu sua força econômica, a indústria e o trabalho a partir de 1934. Sendo conhecido como Wehrwirtschaft (economia de defesa), que devia funcionar em tempos de paz e guerra e no período que antecede a guerra.[6]
Um plano de quatro anos foi criado em 1936 para conquistar a autossuficiência em caso de guerra, a força aérea (Luftwaffe), proibida desde 1919, foi reconstituída, teve igualmente início a reconstrução da Kriegsmarine (Marinha) alemã. Hitler reintroduziu o serviço militar obrigatório em 1935, após a devolução da bacia do Sarre (rio na França e Alemanha, sob administração da Liga das Nações desde o final da Primeira Guerra Mundial). Fritz Sauckel era o responsável pelo fornecimento de mão-de-obra estrangeira para a indústria alemã, principalmente a indústria de armamentos, o número de trabalhadores era definido por Hitler e Albert Speer, Ministro do Armamento. A operação de escravização recrutou 5 milhões de pessoas de outros países, das quais somente 200 000 foram de vontade própria. Foi a maior operação de trabalho escravo da história.[7] A economia alemã, assim como outras de nações ocidentais, sofreu grandes efeitos da Grande Depressão, como o aumento no desemprego após a Quinta-Feira Negra.[8] Quando Adolf Hitler se tornou chanceler em 1933, ele introduziu políticas destinadas a melhorar a economia. Essas mudanças incluíam privatização de indústrias nacionais, autarquia e impostos incidentes sobre bens importados. Salários tiveram um aumento líquido por volta de 10,9% durante esse período.[9] No entanto, um comércio internacional reduzido implicou em racionamentos de bens de consumo como aves, frutas e vestimenta para muitos alemães.[10]
Os nazistas acreditavam na guerra como a principal força motriz para o progresso humano, e afirmavam que o principal propósito da economia de um país deveria ser permitir que este lute e vença guerras para se expandir.[11] Com isso em mente, quase que imediatamente após chegar ao poder, um vasto programa de rearmamento militar foi executado, o que causou uma diminuição em investimentos civis.[12] Durante a decáda de 30, a Alemanha Nazista aumentou seus gastos militares mais rápido do que qualquer outro estado em tempos de paz,[13] e eventualmente o exército passou a representar a maior parte da economia alemã na década de 40.[14] Isso foi financiado principalmente por endividamentos anteriores à guerra, com os nazistas acreditando que essas dívidas seriam quitadas a partir da pilhagem de territórios conquistados durante e depois da guerra.[15] Tais planos de pilhagem até aconteceram, mas seus resultados ficaram aquém do planejado.[16] O governo nazista instituiu parcerias com interesses de grandes corporações alemãs, as quais apoiaram os objetivos do regime e seu esforço de guerra em troca de contratos com benefícios, subsídios, e a supressão do movimento sindical.[17] Carteis e monopólios eram incentivados para a desvantagem de pequenos negócios, apesar dos nazistas terem recebido um considerável apoio eleitoral de pequenos comerciantes.[18]
A Alemanha Nazista utilizou de trabalho escravo, composto de prisioneiros e detentos de campos de concentração, os quais foram expandidos fortemente após o começo da segunda guerra mundial. Somente na Polônia, por volta de 5 milhões de cidadãos (incluindo judeus poloneses) foram usados como mão de obra escrava durante a guerra.[19] Entre os trabalhadores escravizados nos territórios ocupados, centenas de milhares foram usados por grandes corporações alemãs como Thyssen, Krupp, IG Farben, Bosch, Blaupunkt, Daimler-Benz, Demag, Henschel, Junkers, Messerschmitt, Siemens, e Volkswagen, assim como a empresa holandesa Philips.[20] Em 1944, a mão de obra escrava já equivalia a um quarto de toda a força de trabalho alemã, com a maioria das fábricas alemãs possuindo um contingente de prisioneiros.[21]
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