Economia do Brasil

Economia do Brasil
Economia do Brasil
São Paulo, o maior centro econômico do Brasil
Moeda Real (R$, BRL)
Ano fiscal Ano natural
Blocos comerciais OMC, Mercosul, G-20, BRICS e outras
Estatísticas
PIB
  • Aumento R$ 10,9 trilhões (nominal, 2023)[1]
  • Aumento US$ 2,127 trilhões (nominal, 2023)[2]
  • Aumento US$ 4,020 trilhões (PPC, 2023)[3]
Variação do PIB Aumento 2,9% (2023)[4]

Aumento 3,2% (2024)[5]

Aumento 2,5% (2025)[6]

PIB per capita R$46.154,6 (2022)[7]
PIB por setor agricultura: 5,5% indústria: 18,5% serviços: 76% (2016)[8]
Inflação (IPC) BaixaPositiva 4,62% (2023)[9]
População
abaixo da linha de pobreza
BaixaPositiva 27,5% (2023)[10]
Coeficiente de Gini BaixaPositiva 0.51 (2022)[11]
Força de trabalho total 99,470 milhões (est. 2021)[12]
Força de trabalho
por ocupação
agricultura: 8%, indústria: 22% e serviços: 70% (est. 2017)
Desemprego BaixaPositiva 7,5% (novembro 2023)[13]
Principais indústrias Aviões, aço, minério de ferro, carvão, máquinas, armamento, têxteis e vestuário, petróleo, cimento, produtos químicos, fertilizantes, produtos de consumo (incluindo calçados, brinquedos e eletrônicos), transformação de alimentos, equipamentos de transporte (incluindo automóveis, veículos ferroviários e locomotivas, navios e aeronaves); eletrônica; equipamento de telecomunicações, satélites, imóveis, turismo
Exterior
Exportações $308,8 bilhões (2022)[14]
Produtos exportados aviões, minério de ferro, soja, calçados, automóveis, café, suco de laranja
Principais parceiros de exportação  China 31,3%
 Estados Unidos 11%
 Argentina 4,2%
 Países Baixos 3,3%
 Chile 2,5%
Singapura Singapura 2,1%
outros 44%[15]
Importações $250,8 bilhões (2022)[14]
Produtos importados máquinas, equipamentos elétricos e de transporte, produtos químicos, petróleo, autopeças, eletrônicos
Principais parceiros de importação  China 21,7%
 Estados Unidos 18,0%
 Argentina 5,4%
 Alemanha 5,1%
 Índia 3,1%
 Rússia 2,6%
outros 44%
Dívida externa bruta $567,5 bilhões (2021)[16]
Finanças públicas
Dívida pública 76,6% do PIB (est. 2022)
Receitas $382.6 bilhões (2022)[17]
Despesas $319,4 bilhões (2022)[17]
Notação de crédito Standard&Poor's: BB-
Fitch: BB
Moody's: Ba2[18]
Reservas cambiais $324,7 bilhões (2023)[19]
Salvo indicação contrária, os valores estão em US$

A economia do Brasil é historicamente a maior da América Latina e do Hemisfério Sul e a segunda maior do continente americano, atrás apenas da economia dos Estados Unidos em termos nominais. Classificada como economia mista em desenvolvimento de renda média-alta, é, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a nona maior economia do mundo em 2023, com um produto interno bruto (PIB) de 10,9 trilhões de reais,[20] ou 2,127 trilhões de dólares nominais.[21][22] Ainda conforme o relatório do Fundo Monetário Internacional de 2017, o Brasil é o 65.º país do mundo no ranking do PIB per capita (que é o valor final de bens e serviços produzidos num país num dado ano, dividido pela população desse mesmo ano), com um valor de 10 019 dólares estadunidenses por habitante.

O Brasil é uma das chamadas potências emergentes: é o "B" do grupo BRICS. É membro de diversas organizações econômicas, como o Mercado Comum do Sul (Mercosul), a União de Nações Sul-Americanas (UNASUL), o G8+5, o G20 e o Grupo de Cairns. Tem centenas de parceiros comerciais, e cerca de 60% das exportações do país referem-se a produtos manufaturados e semimanufaturados.[23] Os principais parceiros comerciais do Brasil em 2008 foram: Mercosul e América Latina (25,9% do comércio), União Europeia (23,4%), Ásia (18,9%), Estados Unidos (14,0%) e outros (17,8%).[24] Alguns especialistas em economia, como o analista Peter Gutmann, afirmam que em 2050 o Brasil poderá vir a atingir estatisticamente o padrão de vida verificado em 2005 nos países da Zona Euro.[25] De acordo com previsão do Goldman Sachs, o Brasil atingirá em 2050 um PIB de 11,3 trilhões de dólares e um PIB per capita de 49 759 dólares estadunidenses, tornando-se a quarta maior economia do planeta.[26][27]

Importantes passos foram dados na década de 1990 para estabilizar a economia, como sustentabilidade fiscal, medidas tomadas para liberalizar e abrir a economia, e assim impulsionaram significativamente os fundamentos do país em matéria de competitividade, proporcionando um melhor ambiente para o desenvolvimento do setor privado.[28][29] Porém, o Brasil ainda figura entre os piores países do mundo quando se trata de competitividade: ficou 61º dentre as 63 economias analisadas pelo International Institute for Management Development (IMD) em 2017.[30] O estudo avalia as condições oferecidas pelos países para que as empresas que neles atuam tenham sucesso nacional e internacionalmente, promovendo crescimento e melhorias nas condições de vida da sua população. Na análise, os critérios avaliados são: desempenho econômico, infraestrutura e eficiência dos seus governos e empresas. O país ainda ficou na 80ª posição entre os 137 países analisados no índice de competitividade do Fórum Econômico Mundial de 2017.[31]

A economia brasileira tem a característica de ser concentrada no Estado.[32] O estado brasileiro tem participações em mais de 650 empresas, envolvidas em um terço do PIB nacional.[33] Em 2018 foi considerado o 153º entre 180 países com mais liberdade econômica pela Heritage Foundation.[34] Outro estudo de 2018 apontou o Brasil como o segundo país mais fechado do mundo para o comércio internacional.[35] Graças a esses números, o Brasil responde por apenas 1,2% das transações comerciais mundiais.[36]

O país dispõe de setor tecnológico sofisticado e desenvolve projetos que vão desde submarinos a aeronaves (a Embraer é a terceira maior empresa fabricante de aviões no mundo).[37] O Brasil também está envolvido na pesquisa espacial. Possui um centro de lançamento de satélites e foi o único país do Hemisfério Sul a integrar a equipe responsável pela construção do Estação Espacial Internacional (EEI).[38] É também o pioneiro na introdução, em sua matriz energética, de um biocombustível - o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar.[39] Em 2008, a Petrobras criou a subsidiária, a Petrobras Biocombustível, que tem como objetivo principal a produção de biodiesel e etanol, a partir de fontes renováveis, como biomassa e produtos agrícolas.

  1. «PIB cresce 2,9% em 2022 e fecha o ano em 9,9 trilhões». G1. Consultado em 3 de março de 2021 
  2. https://www.imf.org/en/Publications/WEO/weo-database/2023/April/weo-report?c=223,&s=NGDPD,PPPGDP,NGDPDPC,PPPPC,&sy=2022&ey=2027&ssm=0&scsm=1&scc=0&ssd=1&ssc=0&sic=0&sort=country&ds=.&br=1/
  3. «World Economic Outlook Database, October 2019». IMF.org. International Monetary Fund. Consultado em 12 de fevereiro de 2020 
  4. «PIB cresce 2,9% em 2023 e fecha o ano em R$ 10,9 trilhões» 
  5. «Fazenda aumenta previsão oficial de crescimento do PIB para 3,2% em 2023» 
  6. «Fazenda prevê expansão de 2,3% do PIB brasileiro em 2024» 
  7. https://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/2023/03/desempenho-do-pib-no-quarto-trimestre-de-2022/  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  8. Vidal, Pedro. «IBGE - Agência de Notícias». IBGE - Agência de Notícias 
  9. https://www.poder360.com.br/economia/inflacao-do-brasil-fecha-2023-a-462-menor-desde-2020/  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  10. Souto, Mayara (25 de abril de 2024). Correio Brasiliense https://www.correiobraziliense.com.br/brasil/2024/04/6844422-brasil-alcanca-menor-taxa-de-pobreza-desde-2012-aponta-estudo.html. Consultado em 20 de maio de 2024  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  11. «Retrato dos rendimentos do trabalho – resultados da PNAD contínua do segundo trimestre de 2022». ipea.gov.br 
  12. «Labor force, total - Brazil». World Bank. Consultado em 25 de janeiro de 2023 
  13. «Desemprego cai para 7,5% no trimestre encerrado em novembro, diz IBGE» 
  14. a b «Balança comercial tem superávit de US$ 6,675 bilhões em novembro». gov.br 
  15. «Balança comercial: veja ranking dos principais parceiros do Brasil em 2021». G1 
  16. «Dívida externa bruta». ipeadata.gov.br. Consultado em 24 de janeiro de 2022 
  17. a b «Governo Central encerra 2021 com déficit primário de R$ 35 bilhões». gov.br 
  18. «S&P rebaixa nota de crédito do Brasil» 
  19. «Bolsonaro torrou US$ 65,8 bilhões em reservas internacionais em seu mandato, diz BC». Central Única dos Trabalhadores 
  20. «Produto Interno Bruto - PIB». IBGE. Consultado em 29 de novembro de 2023 
  21. «FMI 'antecipa' Brasil como nona maior economia global». Valor Econômico. 16 de outubro de 2023. Consultado em 29 de novembro de 2023 
  22. «World Economic Outlook Database, October 2023». IMF.org. International Monetary Fund. 11 de Outubro de 2022. Consultado em 13 de Outubro de 2022 
  23. About Brazil Arquivado em 2007-06-15 na Archive.today Brazilian Government
  24. «Página inicial» (PDF). www.desenvolvimento.gov.br 
  25. Brasil terá padrão de vida 'europeu' em 2050, diz estudo, Brasil: BBC, consultado em 8 de fevereiro de 2007 
  26. Goldman Sachs, Global Economics Paper No: 153 Arquivado em 1 de novembro de 2011, no Wayback Machine., visitado em 31 de agosto de 2009
  27. Goldman Sachs, ed. (28 de março de 2007). «The N-11: More Than an Acronym» (PDF). Consultado em 29 de dezembro de 2011. Arquivado do original (PDF) em 1 de novembro de 2011 
  28. «Global Competitiveness Report 2009-2010» (PDF). weforum.org. Consultado em 19 de fevereiro de 2010. Arquivado do original (PDF) em 1 de outubro de 2009 
  29. «The Global Competitiveness Report 2010–2011» (PDF) (em inglês). Professor Klaus Schwab. World Economic Forum. Geneva, Switzerland 2010. 
  30. «Brasil só ganha em competitividade de Mongólia e Venezuela, mostra ranking». uol.com.br 
  31. «Pela 1ª vez em 5 anos, país melhora em competitividade, diz Fórum Econômico - Notícias - UOL Economia». uol.com.br 
  32. «The Case of Brazil». Consultado em 26 de fevereiro de 2018 
  33. «Privatizações: ainda é pouco». Consultado em 26 de fevereiro de 2018 
  34. «Country Rankings». Consultado em 2 de março de 2018 
  35. «E se o Brasil se abrisse mais?». Consultado em 8 de março de 2018 
  36. «Brasil patina no comércio global com apenas 1,2% das transações». Folha. Consultado em 13 de março de 2018 
  37. Embraer stock jumps on upbeat margins, sales view. Reuters, 29 de julho de 2011.
  38. Countries Participating in the ISS ISS EarthKam
  39. «Tecnologia e Inovação: Entenda nossos Investimentos - Petrobras». Petrobras 

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