Elis Regina

Elis Regina
Elis Regina
Elis em 1964, no início de sua carreira.
Nome completo Elis Regina Carvalho Costa
Conhecido(a) por
  • Lilica
  • Pimentinha ou Little pepper
  • Hélice Regina ou Elis-cóptero
Nascimento 17 de março de 1945
Porto Alegre, RS
Morte 19 de janeiro de 1982 (36 anos)
São Paulo, SP
Nacionalidade brasileira
Cônjuge
Filho(a)(s) João Marcello Bôscoli
Pedro Mariano
Maria Rita
Ocupação cantora
Carreira musical
Período musical 1956–1982
Gênero(s)
Extensão vocal meio-soprano
Instrumento(s) voz
Gravadora(s)
Afiliações
Assinatura
Página oficial
www.elisregina.com.br

Elis Regina Carvalho Costa (Porto Alegre, 17 de março de 1945São Paulo, 19 de janeiro de 1982) foi uma cantora brasileira. Conhecida pela competência vocal, musicalidade e presença de palco,[1][2][3][4][nota 1] foi aclamada tanto no Brasil quanto internacionalmente, e comparada a cantoras como Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e Billie Holiday.[6][7][8][9][5] Com os sucessos de Falso Brilhante (1975-1977) e Transversal do Tempo (1978), Elis Regina inovou os espetáculos musicais no país.

Foi a primeira grande artista a surgir dos festivais de música na década de 1960 e descolava-se da estética da Bossa Nova pelo uso de sua extensão vocal e de sua dramaticidade. Inicialmente, seu estilo era influenciado pelos cantores do rádio, especialmente Ângela Maria.[10][11][12][13][14] Depois de quatro LP's gravados e sem grande sucesso — Viva a Brotolândia (1961), Poema de Amor (1962), Elis Regina (1963), O Bem do Amor (1963) — Elis foi a maior revelação do festival da TV Excelsior em 1965, quando cantou "Arrastão" de Vinícius de Moraes e Edu Lobo. Tal feito lhe garantiria o convite para atuar na televisão e, pouco tempo depois, o título de primeira estrela da canção popular brasileira,[10] quando passou a comandar, ao lado de Jair Rodrigues, um dois mais importantes programas de música popular brasileira, O Fino da Bossa.

Cantou muitos gêneros: da MPB, passou pela bossa nova, samba, rock e jazz. Interpretando canções como "Madalena", "Águas de Março", "Atrás da Porta", "Como Nossos Pais", "O Bêbado e a Equilibrista" e "Querellas do Brasil", registrou momentos de felicidade, amor, tristeza e patriotismo. Ao longo de toda sua carreira, destacou-se por cantar também músicas de artistas, ainda, pouco conhecidos, como Milton Nascimento, Ivan Lins, Belchior, Renato Teixeira, Aldir Blanc, João Bosco, ajudando a lançá-los e a divulgar suas obras, impulsionando-os no cenário musical brasileiro. Entre outras parcerias, são célebres os duetos que teve com Jair Rodrigues, Tom Jobim e Rita Lee. Com seu segundo marido, o pianista César Camargo Mariano, consagrou um longo trabalho de grande criatividade e consistência musical e, em termos técnicos, foi considerada a melhor cantora brasileira. Sua presença artística mais memorável talvez esteja registrada nos álbuns Em Pleno Verão (1970), Elis (1972), Elis (1973), Elis & Tom (1974), Elis (1974), Falso Brilhante (1976), Transversal do Tempo (1978), Essa Mulher (1979), Saudade do Brasil (1980) e Elis (1980). Foi a primeira pessoa a inscrever a própria voz como se fosse um instrumento, na Ordem dos Músicos do Brasil.[15] Em 2013, foi eleita a melhor voz feminina da música brasileira pela Revista Rolling Stone.[16] Elis foi citada também na lista dos maiores artistas da música brasileira, ficando na 14ª posição, sendo a mulher mais bem colocada.[17] Em novembro do mesmo ano estreou um musical em sua homenagem Elis, o musical.[18]

Elis Regina morreu precocemente aos 36 anos, no auge da carreira, causando forte comoção no país e deixando uma vasta obra na música popular brasileira. Embora tenham havido controvérsias e contestações quanto à causa da morte, os exames comprovaram que a causa foi o consumo de cocaína associado a bebida alcoólica, que provocou uma parada cardíaca.[19][20] Foi casada com Ronaldo Bôscoli, então diretor d'O Fino da Bossa, com quem teve João Marcello Bôscoli (1970); em 1973, casou-se com o pianista César Camargo Mariano,[21] com quem teve mais dois filhos: Pedro Mariano (1975) e Maria Rita (1977).

  1. Góes 2007, p. 187
  2. Pugialli 2006, p. 170
  3. Silva 2002, p. 193
  4. Arashiro 2004, p. 39
  5. a b «Elis». Phil Woods. Consultado em 4 de agosto de 2016 
  6. Mercer, Michelle (1 de março de 2007). Footprints: The Life and Work of Wayne Shorter (em inglês). [S.l.]: Penguin. ISBN 9781440629112 
  7. «Veinte años después, aún brilla la estrella de la gran Elis Regina». La nación. Consultado em 4 de agosto de 2016 [ligação inativa]
  8. «Cantora se identifica com Elis Regina». Folha de S.Paulo. 4 de setembro de 1996. Consultado em 4 de agosto de 2016 
  9. «30 anos sem Elis Regina» 
  10. a b Silva, Vinícius R. B.. "O doce & o amargo do Secos & Molhados: poesia, estética e política na música popular brasileira". Dissertação (Mestrado em Letras) Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2007. p. 62.
  11. Roger Lerina (10 de julho de 2017). «Angela Maria lança disco com 10 canções de Roberto e Erasmo Carlos». GaúchaZH. Consultado em 7 de setembro de 2018 
  12. Rebeca Oliveira (28 de outubro de 2015). «Uma das maiores vozes do Brasil, Angela Maria ganha biografia detalhada». Correio Braziliense. Consultado em 7 de setembro de 2018 
  13. Danilo Casaletti (17 de julho de 2012). «Agora é a vez de os homens cantarem Elis». Revista Época. Consultado em 7 de setembro de 2018 [ligação inativa]
  14. Renato Kramer (5 de setembro de 2015). «'Eu sou a última rainha do rádio', diz Ângela Maria». Folha de S.Paulo. Consultado em 7 de setembro de 2018 
  15. Elis Regina - MPBNet
  16. «"As 100 Maiores Vozes da Música Brasileira"». Consultado em 1 de agosto de 2013. Cópia arquivada em 9 de setembro de 2013 
  17. «"Os 100 Maiores Artistas da Música Brasileira"». Consultado em 1 de agosto de 2013. Cópia arquivada em 26 de setembro de 2013 
  18. Santos, Mariane RossiDo G1 (18 de agosto de 2013). «Elis Regina, Chacrinha 'Se eu fosse você' virarão musicais». Música em Santos e Região. Consultado em 18 de janeiro de 2021 
  19. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Bol
  20. «O amargo brilho do pó"». Revista Veja. 27 de janeiro de 1982. Consultado em 4 de maio de 2020. Arquivado do original em 3 de janeiro de 2004 
  21. Cesar Camargo Mariano: ‘Elis Regina só teve uma. Melhor assim’, acesso em 03 de setembro de 2017.


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